Um Palmeiras mais leve
Pra mim só há uma forma de jogar futebol: sorrindo. Qualquer tentativa de levar esse esporte como obrigação, mero dever profissional ou uma ciência exata é perda de tempo.
Times campeões sorriem enquanto jogam. Se divertem enquanto driblam e tem prazer em jogar bola.
O time do Marcelo era bastante pragmático, parecia jogar pelo mínimo necessário. E embora as vezes funcionasse, faltava alegria e tesão pelo gol.
Cuca não deu ainda um padrão, nem mesmo ajustou o Palmeiras ao nível que se espera dele a médio prazo. Mas fez o time gostar do jogo. Não se omite mais, tenta algumas jogadas de efeito, sorri com facilidade após um grande lance e faz a torcida vir com ele.
Até pra ser “guerreiro” tem que se divertir com o que faz. Com aquela bola retomada na lateral, aquele pique que supera o adversário, ou até mesmo o carrinho duro que o derruba. Quem tem tesão no que faz, sorri quando faz.
O Palmeiras não atropelou o São Bernardo. Não é zebra nem favorito contra o Santos, mas é um time completamente diferente do que vinha sendo na proposta, na personalidade e na vontade de jogar bola.
Jogador de futebol gosta de jogar bola. Quando um time cria menos do que destrói, o jogador não tem prazer em estar ali. O Palmeiras é protagonista e deve, perdendo ou ganhando, buscar o gol mais do que tentar evita-lo.
E Cuca concorda com isso. Graças a Deus.
abs,
RicaPerrone