São Paulo

Entendendo Bauza

É um São Paulo estranho, sem dúvida.  Capaz de golear e ser goleado. De jogar como se não houvesse amanhã e como se não tivesse nem aí pra nada.  Capaz de ser campeão? Talvez.  De ser eliminado num vexame épico? Idem.

Bauza tem em seu histórico de Libertadores classificações na bacia das almas e uma constante: ganha em casa, sofre fora. Regulamento na mão, postura de time pequeno. Importa o resultado.

Eu não concordo com isso nunca, o que não quer dizer que não funcione. É um Muricy bom de mata-mata.  Mas a grande diferença entre LDU, San Lorenzo e São Paulo é que pela primeira vez ele não vai surpreender ninguém.

Aqui, ele dirige o time protagonista, não a surpresa. Aqui, ele tem que ganhar. Aqui, o favorito é ele.  Não que LDU e San Lorenzo sejam pequenos, mas jamais foram favoritos  de véspera e sequer cotados as Libertadores que ganharam.

Não dá pra ignorar o show de bola do Morumbi, nem a piaba do Audax e o jogo sonolento desta noite.  O São Paulo é bipolar e isso não é exatamente um defeito no mata-mata, desde que o lado brigador e bom de bola apareça numa proporção maior que o sonolento.

Mata-mata é isso. Você tem que ser suficiente melhor num dos jogos para não ser tão bom no outro. E Bauza arma o time pra isso: pra ter o resultado.

Repito: Essa mentalidade foi o maior problema do futebol brasileiro desde 1986. Colocamos o resultado acima do bem e do mal, não avaliando nada além disso. Não gosto.

O que não quer dizer que não funcione.

abs,
RicaPerrone

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