Somos!
Falando em “nós”, lá na semifinal estamos. Eles e eu, eu e vocês. Os amarelos que queremos, não porque estão jogando o que esperávamos, mas porque estão brigando como brigaríamos nós.
A partida contra o Iraque foi absolutamente decisiva para que esse time percebesse o que estava fazendo de errado. A bola as vezes vai entrar, as vezes não. É só ver que hoje nos tornamos a seleção com maior número de vitórias em Olimpíadas e… nenhum ouro. Mas enquanto a bola se decide se dorme dentro ou fora, cabe a eles, ops, nós, brigarmos.
Se for necessário com pontapés. Se não for, com olés apenas. Mas que em momento algum se duvide da relação representados/representantes.
Neymar agora sorri. Bate, apanha, marca, vibra, chama a torcida e comemora tiro de meta. Neymar parece nosso capitão agora.
Luan deu ao time o que Felipe Anderson não daria. Tal qual nosso “volantão”, gremistas que nos tiraram de um estado de sonolência em campo. Não aceita-se naturalmente a derrota.
Aliás, ninguém deve aceitar jamais com naturalidade a derrota. A mais vitoriosa das seleções então, menos ainda. E agora o time dribla, provoca, vence e comemora.
Se bastará, não sei. Se o ouro virá, menos ainda. Mas ao final da partida o torcedor diz “nós”. E isso é a coisa mais importante que a seleção brasileira tem. O nosso “nós”.
abs,
RicaPerrone