Enfim, sorrisos
O Allianz Parque é o estádio mais tenso do Brasil há pelo menos 4 ou 5 meses. Ali, toda semana os donos da casa se reunem para “não dar mole”. Num campeonato como esses é muito mais fácil ser o Flamengo do que ser o Palmeiras.
Explica-se com alguma tranquilidade essa tese no momento em que o time carioca, por exemplo, vem pro Maracanã e passa de desafiante a desafiado. Pronto, sumiram as vitórias.
Torcida empurra e também pressiona. Quando favorito, te pressiona a cumprir o seu dever. Quando azarão, te empurra. O segundo colocado será sempre empurrado, o líder sempre pressionado.
O Palmeiras viveu um campeonato de angustia, não de prazer. Foi colocado todos os dias pela mídia o seu “dever” de se manter ali, ou lembrado do fracasso de 2009. Até mesmo quando tudo vai bem, o time a míseros pontos do título, o negativismo aparece no debate sobre “a fase do Gabriel Jesus”. Haja paciência! E eles tiveram.
Hoje, contra o Inter, o Palmeiras jogou pouco, se empenhou muito mas conseguiu o que lhe era exigido: “vencer, vencer, vencer”.
Transformaram alegria em alívio. Dor em raiva, e vão transformando jogo a jogo o sonho em realidade. Hoje o Palmeiras fez seu torcedor sorrir de emoção, não de alívio. E pela primeira vez sai do estádio com mais exaltação do que pressão.
Dificilmente alguém lhe tira dali. E embora seja possível, não é mais muito justo. Poucos clubes aguentariam o que esse time aguentou por tantas rodadas sendo cobrado pelo seu limite. E para quem vive de achar defeitos esse Palmeiras é insuportável.
No estádio que representa o melhor negócio feito por um clube em todos os tempos no futebol mundial, o segundo título em 2 anos é iminente.
Mas é real. Comovente. E entre rebaixamentos e glórias, ressurge o alviverde imponente.
abs,
RicaPerrone