Olha ele aí…
“Disseram que ele caia, olha ele aí
Ai, ai caramba, ai, ai caramba… ”
O ser humano gosta de vencer. Mas só uma coisa faz ele mais feliz do que isso: vencer calando a boca de alguém.
Ao botafoguense, que por sua natureza não é um sujeito petulante, confiante e esbanjador, a sensação é ainda melhor. Eles nunca peitaram os decretos do “fim”. Apenas assistiram, preocupados, mas sem prometer nada, nem desafiar os rascunhos da tragédia.
Talvez por falta de fé, que de fato os acompanha. Talvez por falta de motivos práticos mesmo.
O fundamental é que em momento algum o Botafogo esteve numa situação de desafiado. Foi o desafiante o tempo todo e venceu todas as lutas. De quem cairia pra quem não caiu, de quem nunca chegaria a Libertadores pra quem classificou.
De quem não passava do Colo-Colo pra quem atropelou. E de quem não passaria do Olímpia para quem está na fase de grupos.
Onde acaba? Não sei. Talvez na primeira fase, talvez na final. O Botafogo flerta com a condição de “xodó” do Brasil em plena fase “Chapecoense” do futebol brasileiro.
Hoje o botafoguense dorme “pleno”, grande, como nem no seus melhores sonhos do começo de 2016 dormiria assim tão cedo.
O roteiro do jogo foi sendo construído na contusão do Jefferson, na contusão do goleiro reserva, na entrada do outro reserva. Ali era fato: Ia pros pênaltis e o cara seria herói.
É quase regra do futebol. Tem cenários que quem o conhece lê com facilidade. O Botafogo ganharia a vaga desde a contusão do goleiro hoje titular.
E assim foi.
Agora muda esse perfil pessimista e acredita, botafoguense. Porque quem tem duvidado tem passado vergonha…
abs,
RicaPerrone