Desesperador
Eu acompanhei o desespero na internet e compactuaria com ele se rival e ainda só torcedor fosse.
O Flamengo está tão fora de controle que já não é mais possível fazer uso dos clichês para menospreza-lo e nem mesmo esperar aquele momento padrão para sua queda.
O time paga em dia, se organizou, diminui a dívida, não tem sido alvo fácil de vexames, enche o estádio, não tem polêmica no dia a dia e vive em absoluta harmonia. O que deve enlouquecer o não rubro-negro, afinal, o que é que os segura se não o caos que sempre foi aquela Gávea?
A bola não entrava, o San Lorenzo vencia o CAP no Paraná. O cenário estava perfeito para mais um final infeliz recheado de manchetes de “veja zoaçoes na web”, o pilar do novo jornalismo, diga-se.
E não é que o Flamengo venceu. E nem foi tão apertado, foi de 3×1. O gol dos caras logo foi corrigido pelo Guerrero, que aliás, enfim, assumiu o posto para que foi contratado: o de decidir jogos.
O que fazer com esse Flamengo? Nem sintomas das suas crônicas doenças ele aparenta mais ter. Por que desastre devo esperar se seu comportamento padrão mudou ao ponto de não reconhece-lo?
“Uma hora vai dar merda”, dizem os convictos rivais.
Mas essa hora não chega, nem ronda. O Flamengo mais “Cruzeiro” de todos os tempos parece ter unido a truculência de quem chegava chutando porta com quem se organiza para chegar. E então, mês após mês, vitória após vitória e cada vez mais rico, o Flamengo confunde a maior torcida do país.
A de “não-flamenguistas”.
Cadê teu calcanhar de Aquiles, Flamengo? Era tão nítido e hoje nem conseguimos saber onde fica…
abs,
RicaPerrone