Quando não interessa de quem é a razão
Eu não liguei pro Valdir, nem pra nenhum diretor do Grêmio. Tenho no Valdir um amigo, nunca neguei, é meu professor, um cara incrível. E tenho pelo Grêmio um respeito e carinho gigantesco.
Um dos motivos de eu torcer tanto pelo Grêmio atual é saber o quanto esse cara ama aquele clube. Quantas vezes ouvi ele dizer que “lá, eu iria quando chamassem”. É o time dele.
E ele é a história desse time.
Eu não quero saber quem tem razão, porque como em toda briga os dois devem ter alguma. O que me importa é acreditar que em momentos assim se olham nos olhos e entendem que tem algo muito maior do que isso em questão.
A Beth Carvalho não pode deixar a Mangueira. O Zico não pode ser dispensado do Flamengo. O Renato só pode sair do Grêmio em comum acordo. E o Espinosa não pode ser “mandado embora” do Grêmio.
Ainda mais agora, na cara de jogos decisivos, de um ano mágico, de um momento histórico. Qualquer problema que exista é menor do que a hipótese de ter Renato e Espinosa juntos levando o Grêmio a um título de Libertadores mais uma vez.
Isso é a história, é o Grêmio. É o DNA da porra toda.
As vezes a gente tem razão, as vezes a gente erra. As vezes, ou na maioria delas, temos um pouco de cada. Mas pelo Grêmio, pelo momento, pelas pessoas pelas quais o clube de fato existe, resolvam isso.
Não me importa quem tem razão quando todos saem perdendo.
abs,
RicaPerrone