O fim do mundo está próximo
Para fazer escolhas é preciso coragem. Para fazer análise basta ter boca. E para fazer história é preciso ter muito mais do que a maioria das pessoas que lhe apontam durante a vida costumam ter.
O Grêmio aumentou a pressão contra ele mesmo toda vez que não usou os titulares no Brasileirão. Eu vi gente esfregando as mãos pela pauta de amanhã cedo: “Vai tomar uma paulada no Equador e eu quero ver o Renato no outro dia…”.
Ah, Renato… seu merda. Onde já se viu um sujeito de sunga na praia tomando chopp ousar chegar mais longe pilotando esse avião do que as dezenas de pilotos de fligth simulator que surgiram nos últimos anos?
Só porque tu leu o manual não significa que sabes voar. Renato sabe. E como sabe.
O baile do Equador é o oposto extremo da batalha dos aflitos. Não marca pela dor, nem pelo drama, mas pelo tamanho. E novamente não pelo torneio, ou pela conquista, mas pela camisa ostentada de forma rara, imponente e didática.
Fez-se ali um novo santo. Ou você ousará não chamar Marcelo de São Marcelo a partir do milagre desta noite?
Tenho poucas palavras para acrescentar ao baile. É quase inenarrável o sentimento gremista nesta madrugada de sonho. Eu não sei o que dizer, o que vai ser, nem mesmo porque diabos ainda irei a Porto Alegre semana que vem com o jogo resolvido.
Mas vou até la me despedir do Guaiba, da cidade e das belas gaúchas.
Me contaram. Não sei se é verdade. Mas me juraram que “vão acabar com o planeta”. E não vai demorar.
abs,
RicaPerrone