Flamengo

Isso sim é Flamengo

Não foi uma grande exibição, mas isso pouco tem a ver com a “grande conquista” desta quinta-feira.  O Flamengo mais Flamengo é aquele que não é obrigado a ganhar e ganha. Mais ainda só aquele que é favorito a vencer, e perde.  Hoje, a obrigação não existia.

No Brasileirão, das 5 vezes que chegou nas semifinais do Brasileirão, foi campeão em todas. Na Copinha, das 4 finais que disputou, venceu as 4.  Na Copa do Brasil não vence sempre, mas chega quase sempre pelo menos nas semifinais. É um time de chegada em mata-mata.

Curiosamente sua diretoria prefere hoje os pontos corridos. Também não chega a ser curioso considerando a diferença entre o Flamengo de 100 anos e o que a diretoria atual projeta.

Mas o antigo e o novo tem algo em comum: fazem em casa. Infelizmente a lenda de fabricar craques foi virando piada quando alguns dos seus eram trocados ou perdidos por centavos e iam brilhar fora. Flamengo faz craque… pros outros.

E mais uma vez a vida lhe oferece a chance de usar suas crias. De parar de olhar pro mercado e “monitorar” o próprio berço.  Se ali não tem um Neymar, eu garanto que tem muita gente melhor que Gabriel, Mancuello, Vaz, Cuellar, entre outros do time principal.

Esses meninos jogaram uma final irritante.  Pra mim, saopaulino, especialmente.  Sabiam fazer cera, prender a bola, truncar o jogo e como disse mais um Silva, “final não se joga. Se ganha”.

Eu não sou maluco de discordar desse moleque.  Por mais que eu ame futebol bem jogado, a final é a final. E dali se quer a taça, nada mais.

O São Paulo ficou com os aplausos, o bom futebol, a imagem de que “não merecia perder”, mas… a taça ficou na Gávea. Acho que todo saopaulino trocaria o bom futebol por ela. Entao Silva tem razão.

Flamengo marrento, folgado, decisivo e vencedor. Coletivo, esforçado, surpreendente e promissor. Flamengo que canta o hino no vestiário antes do jogo, que corre pra nação no final, que chama ela quando o jogo aperta.

Flamengo mais Flamengo que isso, pode “monitorar” o mercado do mundo todo. Não haverá.

Abs,
RicaPerrone

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