Acadêmicos do Vasco da Gama
Ja é quinta-feira. Chove no Rio de Janeiro como há tempos não chovia. Falta luz, o transito está um caos, há indícios de alagamento e até em show já deu merda.
Há dois lugares na cidade em que não falta luz, não alaga, não há qualquer preocupação e essa “garoa” é só pra refrescar: Nilópolis e São Januário.
A primeira comemora mais um título. O segundo comemora ainda sem saber se já pode. Mas pode. É claro que pode. Deve.
O Vasco encontrou sem Nenê uma forma de jogar coletiva, que não obriga a equipe a ir numa direção. Se com saudades do ídolo ou não, outros 500. Mas é fato que o time ficou mais leve.
Fez 10 gols em 3 jogos, não sofreu nenhum. Está com os pés na fase de grupos, aterrorizando a noite daqueles que juravam que seria um fiasco.
Zé, o “culpado” de lá, pouco pede holofotes. Mas merecia. Seu time sabe exatamente até onde pode ir, como e joga perto do limite.
Não dá pra dar show. Mas dá pra entender que o coletivo é a única salvação deste Vasco. E através dele o time se encontrou, destroçou os dois adversários e segue firme na Libertadores que pra muitos era tombo certeiro.
A luz voltou. A chuva diminuiu. Não há nada alagado e só não vai abrir o sol porque não tem como.
Avisa lá que altitude é distância do nível do mar. Grandeza é a distância que separa o Vasco do tal do Jorge.
abs,
RicaPerrone