Constrangedor
Há uma diferença técnica, tática, mando de campo, fase, o que mais você quiser. O que não pode haver é uma diferença na postura em busca do resultado. E há. Gritante. Humilhante. Constrangedora.
O Palmeiras jogou um primeiro tempo como treina todos os dias. Só que ao invés de cones do outro lado tinham jogadores do São Paulo. Mais fácil, cones não erram passes.
O toque de bola dentro da área adversária empolga o palmeirense, humilha o saopaulino. Por sorte e prudência em virtude da vaga garantida e da Libertadores, o Palmeiras não quis jogar mais meio tempo.
Se quisesse, sabe-se lá como sairia do Allianz Parque o time do SPFC hoje.
O torcedor sai de qualquer clássico derrotado pela arbitragem. Nunca o adversário foi melhor, é uma norma. Mas quando o adversário nem sacaneia, quando você sai do jogo e nem argumenta, é porque a coisa ultrapassou limites.
Eu sou saopaulino. E durante o jogo os meus amigos palmeirenses não estavam me sacaneando, mas sim me consolando. É o cumulo da humilhação.
Me odeiem, porra! Pisem em cima. Sou eu! Lembra? O cara do tri mundial. Não fica com pena, não! Eu não mereço.
Ou mereço?
São pelo menos 12 anos sem jogar um bom futebol, 10 sem títulos, sendo que o conquistado não teve segundo tempo. Ao longo desse tempo o futebol do SPFC só piora, a superioridade do Palmeiras só aumenta.
O que houve hoje no Allianz foi a confirmação de uma nova era.
O São Paulo que era forte. O Palmeiras que era mais fraco. O Morumbi que era o melhor estádio. O soberano que era modelo.
Já era.
O São Paulo não se reconhece mais. E o Palmeiras há tempos não se via tão parecido com o que de fato é.
abs,
RicaPerrone