Quando vamos sair do armário?
Toda vez que vou fazer alguma reflexão sobre a imprensa esportiva uso o “nós” pra não soar arrogante, mas eu não sou parte dela. Por opinião, acho uma bosta o que é feito. Por coerência faço diferente e por consequências trago resultados que sustentam minha opinião.
Nada pessoal, apenas um negócio.
Algumas vezes me irrita muito acima do normal, como hoje. Corinthians x Palmeiras é um clássico, uma decisão e ninguém pagou ingresso pra ver espetáculo. Pagaram pra viver uma tarde memorável de disputa e óbvia tensão.
Espetaculo você vê contra o Novorizontino. Clássico é outra coisa. Aí vem alguém e diz que esporte não é isso, e blá, blá, blá. Mas vende NFL que tem por um dos seus maiores atrativos a pancada.
Vende Hockey no gelo, que é quase um UFC. Vende Nascar, onde os torcedores vão pra ver acidente, não a corrida.
Torcedor gosta de ver cenas épicas e ter história pra contar. Toda vez que um time perdendo um clássico não se destemperar, é fraude. Vai alegrar o comentarista da tv? Vai. Mas a torcida, que é quem importa, não.
É NATURAL que numa decisão de futebol haja momentos de descontrole emocional. Estão pressionados, decidindo futuro, milhões vendo e cobrando, inclusive nós. Algumas pessoas são sangue de barata, outras não. E quem jogou meia partida no condominio sabe disso.
Quem não jogou, nem sei porque comenta futebol.
É lamentável, é ruim, “nós odiamos ter que ver e relatar isso”. Aham! Olha as capas dos sites. Olha as perguntas das coletivas. 99% briga, 1% jogo.
Quem é que odeia o combustivel que te leva adiante?
Deixem de ser hipocritas. Todo mundo quer ver o circo pegar fogo. Não queremos morte, facada, briga de torcida. Mas um belíssimo empurra-empurra com leves tapas e cenas lamentáveis para esquentar o jogo de volta é sempre muito bem vindo.
Não?
Então desafio a imprensa que acha lamentável a promover o jogo de volta sem focar 99% na briga e sim no título. Quer apostar?
abs,
RicaPerrone