Sempre foi o soldado
O Grêmio é um especialista em batalhas. Dos Aflitos, das centenas do Olímpico, de Lanus, de Tóquio, de tantas e tantas outras pela América do Sul. Na maioria, vencedor. Em outras raras oportunidades um bom perdedor.
Nas recentes batalhas da guerra já vencida o Grêmio teve que desconstruir o poder das armas pouco a pouco até poder provar ser ele o herói.
Foram Edilson, Wallace, Arthur, Pedro Rocha, Fernandinho, Barrios, Douglas (muito tempo fora) e as vitórias sempre continuaram. As armas são fundamentais, mas o soldado é mais quem as sustenta, nunca o contrário.
Arma não atira sozinha. Sem armas o soldado fica vulnerável mas não morto.
Depende muito do soldado.
Vai sem Léo, Everton, Ramiro e possivelmente sem Luan, ainda que esteja no vôo. Perde inegavelmente as suas melhores armas para o combate. Mas ainda assim, lá está um grande soldado.
Talvez nesta terça-feira sua missão não seja matar. Mas voltar vivo. E se vivo estiver, na próxima batalha, ainda que não possa contar com todas as suas armas, poderá contar com a mais tradicional e importante delas: seu batalhão.
Vá, lute e não morra. Volte ferido se preciso mas volte vivo. As vezes a vida parece covarde por nos tirar as armas para uma batalha, mas as vezes é apenas pra valorizar o soldado.
Nós não precisamos saber escalar o Boca para pensar que “fudeu” quando ele é o próximo adversário. Eles também não.
Ninguém respeita arma. O medo é sempre de quem atira. E esse está em perfeitas condições.
À luta!
abs,
RicaPerrone