Pelo que, Ney?
Neymar não se apresentou ao PSG. Diz o clube que não sabia, ele que tinha avisado. Honestamente, tanto faz. Nos dois casos a probabilidade dele deixar seu terceiro cube pela porta dos fundos é real, e por mais que ele tenha seus argumentos e motivos, a história costuma omitir todos eles.
Aos 27 anos Neymar tem a extrema capacidade de ser disparado o melhor jogador do país. A capacidade de jogar bem a maioria dos jogos em que atua, ser considerado um “jogador problema” mesmo que sua vida extra-campo não interfira em suas atuações e, artilheiro de Libertadores e Champions, campeão todo ano desde que entrou em campo pela primeira vez, não é ídolo de clube nenhum.
Pior: quando sai, sai batendo a porta.
Rapidamente penso que é um erro. Ao tentar me recordar de outros “ídolos sem clube” vou a Romário, Ronaldo, Edmundo e logo percebo que a idolatria está ligada ao fim, não ao durante.
Os três casos que citei jogaram em rivais, saíram brigados, voltaram, foram e, no fim, levaram a camisa onde escolheram terminar.
Não se trata mais de dinheiro. Neymar está absolutamente rico. Trata-se de bem estar, de necessidades pessoais e prioridades que vem com a maturidade. Eu nunca vou condenar o Neymar como a maioria faz, simplesmente porque com 40 anos eu faria muito mais merda do que ele faz com 27 se tivesse 20% do dinheiro que ele tem.
Mas vejo um erro se repetir, que é a saída pelos fundos. E uma coisa mudar: não é pelo dinheiro.
E se não é pelo dinheiro e pelos títulos, pois já tem ambos de sobra, é pelo que?
Protagonismo? Voltar pro lado do Messi seria estranho.
Paz? Num clube onde a torcida vai cobra-lo em dobro após a saida?
O que te move hoje, afinal?
RicaPerrone