Sem Ferrari, sem F-1
A Ferrari e a Toyota avisaram: Se tiver limite de verbas, estão fora.
Há quem ache um absurdo as equipes serem “contra” uma maior competitividade. Mas, no fundo, as duas estão cobertas de razão. Afinal, é mais um passo para o que chamo de Nascarização da F-1.
Seria como se, pra dar emoção ao campeonato brasileiro atual, a CBF regulamentasse que não se pode ter mais do que 2 campos no CT, mais do que 2 médicos e nem uma comissão técnica fixa no clube.
Ou seja, o SPFC não pode mais se fazer valer daquilo que conquistou através de trabalho.
É a forma mais porca que existe de se dar emoção a um esporte. Aliás, o Bernie anda pisando no tomate não é de hoje. Primeiro essa de enfiar corrida no mundo inteiro, inclusive onde nem sabem o que é F-1. Aí muda regra todo ano, parece a fase dourada do Brasileirão, na década de 80, onde só sabiamos quantos se classificavam pras finais faltando 3 rodadas e olhe lá.
Se a Ferrari tem dinheiro, sorte dela. Aliás… aí que mora o perigo. Sorte é um termo errado. COMPETENCIA dela. E azar, ou incompetencia, de quem não tem.
Já privaram a equipe de fazer uso da sua pista particular, construida com trabalho. Não se testa mais.
Agora sugerem controlar dinheiro?
Como é possivel fazer isso? Beira a estupidez achar que isso é viável, possível e sequer correto.
Quem tem mais gasta mais, quem tem menos gasta menos. É a vida, não a F-1.
A FIA quer forçar a barra pra achar novas equipes. E com isso corre o risco de perder uma Ferrari, que ameaça sair.
E sejamos bem justos e honestos… Sem Ferrari, a F-1 não vale nem 60% do que vale hoje.
Azar de quem? Da Ferrari que continua sendo uma mega empresa e uma das maiores marcas do mundo ou da F-1, que viverá de Saubers e Force Indians?
Meio óbvio quem perde mais.
abs,
RicaPerrone