É mais ou menos assim que funciona: Alguns correm, outros driblam, outros chutam, mas só alguns pensam. Os que pensam, se tiverem talento com os pés, normalmente destoam dos demais. Petkovic é um caso raro de cerebro aliado a técnica, o que chamo de CRAQUE.
Não pelo jogo de ontem, foi só mais um. Mas pela carreira, pelos gols incríveis, pelo poder de decisão e pelo lamentavel fato de um jogador desse nível não jogar uma Copa e sequer ter conquistado titulos memoraveis em sua carreira brilhante.
Pois é, como digo sempre… resultado não é tudo no futebol. Taí o Pet pra comprovar.
Titulos costumam carimbar carreiras. Alguns não conseguem o carimbo, até porque dependem de outros 10 caras pra isso. Mas não tira a genialidade.
Petkovic levanta a cabeça antes de receber a bola e enquanto corre com ela. Coisa raríssima, que nem Rivaldo, ex-melhor do mundo, fazia.
Bate nela com categoria. Pensa pelo time, organiza, diz onde cada um deve ficar, marca gols, defende, corre, se doa ao time. Um jogador fora de série, e isso aos 37 anos de idade.
Mostrando que o futebol brasileiro está mesmo numa pindaíba tecnica de dar pena. Mas também mostrando que, se quiserem, outros craques como R. Carlos, Djalminha, Juninho, etc, podem vir encerrar a carreira aqui com algum destaque.
Pet é o dono da reação rubro-negra. Claro que todos tem importancia, mas ele mudou a cara do time. Deu ao Flamengo uma raridade no país hoje: Cerebro.
E, com o vovô que chegou pra cobrir dividas, o mengão se torna um dos favoritos ao titulo.
Porque craque é craque, e resto é resto.
abs,
RicaPerrone