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Flamengo

Um dia de “Mulambo”

left Em agosto de 2009 eu prometi, publicamente, que se o Flamengo chegasse a ultima rodada em primeiro, eu iria ao Maracanã vestido de rubro-negro e torceria pelo hexa junto com a nação. No domingo passado, por volta das 19h, isso deixou de ser possibilidade para se tornar fato. Assim, minha ida ao Maraca também deixaria.

Ja fui varias vezes, mas nunca vi o estádio lotado de flamenguistas. Era um sonho de infancia ver isso. E eu estava prestes a realizar. Mas, na quarta-feira, quando comprei as passagens, eu me credenciei pro jogo, pois não consegui ir de arquibancada no meio da festa.

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left Em agosto de 2009 eu prometi, publicamente, que se o Flamengo chegasse a ultima rodada em primeiro, eu iria ao Maracanã vestido de rubro-negro e torceria pelo hexa junto com a nação. No domingo passado, por volta das 19h, isso deixou de ser possibilidade para se tornar fato. Assim, minha ida ao Maraca também deixaria.

Ja fui varias vezes, mas nunca vi o estádio lotado de flamenguistas. Era um sonho de infancia ver isso. E eu estava prestes a realizar. Mas, na quarta-feira, quando comprei as passagens, eu me credenciei pro jogo, pois não consegui ir de arquibancada no meio da festa.

Na quinta, com tudo já armado, um telefonema.

– Ae irmão! Tenho uma arquibancada pra tu!!! Quer ou vai ficar na cabine?
– Nem fodendo! É minha.

E assim ficou resolvido. Eu ia de arquibancada.

Conversando com o Arturzão, que seria meu guia no Maracanã, ficou combinado que eu não queria um dia de turista. Queria um dia de rubro-negro. Ou seja, ele manteria o esquema dele de todo final de semana e eu apenas estaria junto. Se fosse na favela, eu ia. Queria ver o que é ser Flamengo numa decisão, algo que desde pequeno sempre sonhei em sentir de perto.

Pois bem. Meu voo saiu de São Paulo as 7h. Cheguei no Rio as 8, e para minha surpresa não chovia. Pelo contrário, fazia sol e calor. O paulista otário aqui foi de calça e manto de manga comprida, por dica do Artur, que me disse estar frio naquela merda no sábado a noite. Viado, puto! rsss

Tá mais do que na hora de eu entender que o carioca chama de FRIO, pra paulista tá de médio pra calor. Assim como transito, pois o que eles chamam de congestionado, aqui a gente diz: “tá andando”.

Bom, no avião tinha 15 caras de camisa. Só que fui de Guarulhos ao Galeão, e por isso me colocaram como embarque e desembarque internacional. Chegando ao Rio, um policial federal tomou a dele logo cedo.

Passei e ele brincou: “Quero ver passar com essa camisa na segunda irrrrrmão”.

– Ue? Porque não… passarei com certeza.
– Sou Vasco!
– Po, desculpa. De segunda você entende mais do que eu. Tem razão! Abraço.

Quase fui preso. hahahahaha

Bom, peguei um taxi e fui pra casa do Arturzão. Chegando lá, o cara estava ansioso demais! Pilhado! Fiquei esperando ele terminar um texto e depois fomos a Gavea.

Chegando no clube, filas e mais filas pra comprar camisa. Bandinha, torcida euforica e o clube lotado. Arturzão, celebridade rubro-negra, tirava foto com um monte de torcedor. E eu na cola, quando ele me apresentava, acaba tirando junto. Recebi muito carinho dos flamenguistas na Gávea, sai de la honrado.

Saimos e fomos tomar um suco no Leblon. Encontramos a turma dele, uma galerinha muito gente boa por sinal, e ficamos tomando cerveja até meio dia. De lá, fomos ao Maracanã em 2 carros, cerca de 12 pessoas.

Lá chegando, abriram o porta-malas cheio de cerveja e ficaram na rua tomando e ouvindo músicas do Fla. E o Arturzão tirando foto, celebridade master! rsss

Aí, eu tremi.

Ele me disse: “Vou te levar no Chico. Que é onde fica a torcida concentrada pré-jogo, todo mundo conhece o Urublog lá e tal”.

Fiquei pé atrás. Pensei, achei melhor não. Poxa, eu podia apanhar caralho! Torcida é foda… todo mundo sabe que sou SPFC. Eu podia encontrar um mais exaltado e tal. Aí, pedi ao Artur que não disesse quem eu era.

Beleza. Fomos até la.

Só que quando encostamos no meio do povão, dois caras começaram a me olhar e comentar algo. De calça, branco… é Paulista!! rsss

Um deles encostou e perguntou. “Tu é o Rica né?”.

– Sou… mas não espalha. Por favor.

E brincou comigo, tirou foto, disse que adorava o blog e tal. Nisso vieram outros 4 ou 5 amigos dele e fizeram o mesmo. Aí chama atenção. Quem tá em volta vai ver o que é, e nisso reconhecem o Artur. E nessa eu rodei.

Diversos caras foram sendo apresentados a mim, e um atrás do outro vinham comentar do blog e tal. Do nosso lado, um caixão com o simbolo do SP. Pediram pra eu tirar foto com ele, eu me recusei.

E, no meio daquela muvuca, assustado porque muita gente me conhecia e eu já não tinha mais controle de quem sabia ou não, eu tinha medo. Achei que podia aparecer algum exaltado ali do meio e me enfiar um soco.

Que nada, cara…

Porra, o tratamento que eu tive no Maracanã, da entrada até a saida, foi algo que eu nunca vou esquecer na vida. Dezenas de flamenguistas vinham e abraçavam, diziam que “seja bem vindo”, que gostavam, que isso, que aquilo. Fiquei muito feliz, muito mesmo. Um prêmio do caralho um jornalista poder subir numa arquibancada de um time que não é o dele e não ser hostilizado.

Pelo contrário. Queriam foto, abraço, puta coisa bacana.

E, pro meu espanto maior, teve uma hora que juntou uns 15 caras em volta, ainda na rua. Um deles agitou alto e perguntou, no meio de todos. “Ae, Rica! Fala ai! Qual teu time agora?! “.

Eu gelei. Pensei: Eu não vou dizer que sou Flamengo pra puxar saco e amanhã dizer que sou SP no blog. Porra, mas se eu disser SP vou apanhar.

– Sou sãopaulino, gente. Não adianta. (tremendo)

Sabe o que aconteceu?

Os caras deram tapa nas costas, deram risada, brincaram, toparam e falavam: “Ta tranquilo irmao, ninguem te respeita pelo teu time. É pelo que tu escreve. Seja bem vindo ai e se diverte no Maraca”.

No meio de centenas de flamenguistas eu disse ser sãopaulino numa final e ninguem me ameacou, xingou ou me tratou mal. Fiquei parado, olhando e apaixonado pela situação. Porra, isso é futebol!!! Eu sou Y, você é X, e beleza! Nos respeitamos. É isso! Só isso!

Tiraram sarro pra caralho, claro! Bambi pra cá, bambi pra lá, e eu levei numa boa. Sem crise, é isso ai mesmo.

Mas, enfim, foram momentos que vou guardar pra vida toda. Dentro do Maracanã, receber carinho da torcida do Flamengo é algo muito foda. Não dá pra explicar o sentimento.

Aí veio a fila. Porra, enorme… puta falta de organização da BWA…

Torcedor tratado igual Gado, como sempre. Mas tudo bem.

Quando entramos na fila, o Arturzao ainda me “liberou”.

– Cara, se tu quiser pegar a credencial e entrar, tá na boa irmao. Nao precisa passar esse perrengue todo.
– Eu vim passar um dia de flamenguista. Se voces vão passar perrengue, eu passo também.

E fomos pra fila.

Quase uma hora esperando, empurra empurra, entramos!

La dentro, ficamos em pé na escada. Foi uma merda… meus pés estão cheios de bolha, machucados. Horas e horas em pé, na passagem, galera empurrando, passando, foi foda. Mas, o time entrou em campo.

Eu, não me sentindo no direito de participar muito, aplaudi e olhei. Eu só olhava até então.

Os caras já estavam chorando, ajoelhando, rezando, tudo desesperado!

O time entrou nesse clima.

Era engraçado, mas quem entrava no Maracanã entrava cansado. Era muita fila pra entrar, uma guerra pra chegar, outra pra sentar e um sol na cara. Era chegar e sentar morto. Quando comecou o jogo, parte da torcida estava morta, nem cantava. Levou uns 20 minutos pra voltarem a ter pique de participar.

Gol do Gremio. Panico no Maracanã. As pessoas lembravam do America, do Goias, do Santo Andre. Era inevitavel. O clima de alegria acabou, virou panico.

Foram 90 minutos de uma sensação de disputa por penaltis. Eu nunca vivi isso.  Em momento algum as pessoas conversavam. Eles olhavam pro campo o tempo todo, fixos, doentes, apaixonados, desesperados.

Gol do Angelim. Uma explosão que eu nunca vi igual. As pessoas ajoelhavam, se abraçavam, gritavam, choravam… foi uma coisa absurda. Eu, dentro da arquibancada, até então só torcida timidamente e não cantava, só olhava.

Comemorei o gol, sofri de angustia junto com a torcida. E após o gol, quando eles começaram com o “sai do chão, sai do chão”, eu fui carregado a pular junto. Não tinha como. Se eu não pulasse eu levantaria pelo vacuo!!! rsss

Comecei a pular e cantar com eles. É impossível não entrar. Não é opcional.

Cantei, pulei, me meti no meio da torcida e fui rubro-negro pelos ultimos 20 minutos. Quando acabou, meus amigos choravam, as pessoas em volta choravam, falavam em fila, em anos de espera, do quanto esperaram… eu me emocionei. Como, diga-se, me emociono quando relembro isso neste exato momento.

Meus olhos encheram de lagrima e eu segurei. Não deixei cair. Mas abracei um por um, dei parabens, comemorei, cantei o hino e fiquei la fazendo festa até umas 19h40. Não conseguia mais andar, meus pés estavam em bolhas. Fiquei parado, olhando o Maracanã e guardando pra mim a imagem.

Eu só conseguia pensar: “eu tava la”.

De lá, pro carro. Do carro pra abrir o celular e ver as dezenas de mensagens de amigos e parentes, parabenizando, dizendo que estavam felizes por eu estar realizando aquele sonho.

Me deixaram num taxi. Voltei ao aeroporto com ele contando do Rio, da Mangueira, me convidando pra ir num baile funk e tal.

Fui, como sempre, bem tratado por TODOS os cariocas que encontrei das 8 da manhã as 23h, quando embarquei de volta.

Dizem que carioca não gosta de paulista. E eu sou muito sortudo, então. Porque das 400 vezes que já fui ao Rio, jamais fui tratado mal. Pelo contrário, me dou extremamente bem com a maioria deles.

E voltei. Feliz, aliviado, cansado, agitado, emocionado.

Cheguei em casa, sentei na cama, abracei meu cachorro, que se comportou horas sozinho pra eu poder ir, e liguei a Tv. Passava a festa.

Me emocionei ao lembrar que por 30 anos ouvi meu pai me contando que ja foi ao Maracanã lotado, que era lindo, que isso, que aquilo.

Porra, eu vou poder contar pros meus filhos isso. Eu fui la! Eu vi o hexa! Eu vi o Maracanã lotado, eu vi a torcida do Flamengo fazendo festa. Eu vi o time mais querido do Brasil ser campeão em casa, apos 17 anos.

Foi foda, gente. Foda demais.

Então, quero agradecer o Arturzão pela ajuda, por tudo que fez por mim essa semana e domingo. Pelos amigos todos dele, que aturaram um tricolor no meio deles e levaram como se fosse mais um irmão rubro-negro, mas, especialmente aos rubro-negros.

Foram dezenas. Mais de 50. Tirei foto, ganhei muito abraço, elogio, critica, mas, sobretudo, respeito e carinho.

Nunca vou esquecer.

Obrigado, nação! Vocês são foda comigo.

E parabens Mengão! Você tem uma torcida absolutamente fora do normal. Cuide dela com carinho, ela não merece sofrer tanto.

Ps –  Alguns rubro-negros ficaram chateados com o titulo do post. Mas me disseram que “Mulambo” é uma forma que voces usam entre voces mesmos. Se alguem achar agressivo, desculpa. Nao sou do RJ, nao conheço bem qual apelido é brincadeira e qual é agressivo. To indo na do Arturzao, que me bancou que não é ofensivo. rsss (Se bem que ele tambem disse que tava frio ne…)

abs,
RicaPerrone, que estava lá!!!

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Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Flamengo

Filipe Luis: meu calado favorito

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Era 2014. Eu escrevi ou falei alguma coisa sobre o tal do Filipe Luis lateral da seleção. Meu telefone tocou já tarde da noite e era uma mensagem de um amigo empresário do futebol que me dizia “eu concordo com 90% do que você escreve, mas sobre o Filipe você está errado”.

Eu havia dito que ele era um lateral muito burocrático. Que era muito bom jogador mas que eu tinha dúvidas da capacidade ofensiva dele.

Só que esse amigo é amigo também do Simeone. E ele me explicou que não era uma opção. O Simeone jamais daria liberdade naquele time pro lateral dele criar ou ficar indo a linha de fundo. Que o Filipe jogava muito dentro do que permitiam.

Ok, ouvi, guardei. Ele acabou não indo pra Copa, seguiu na Europa, saiu e voltou pro Atlético e nunca consegui ve-lo jogando com mais liberadade pra mudar de idéia até ele chegar ao Flamengo.

Um dia, já em 2023, um dirigente do meu SPFC me perguntou: “O que voce acha do Filipe Luis? Ta velho?”.

Respondi que não. Que caberia na zaga ou na lateral do Tricolor ainda. Hoje sei que a oferta foi feita, mas ele não aceitou. Tirando esse erro brutal de sua carreira que foi não ter jogado no SPFC, Filipe fez tudo certo.

Tão certo que é até constrangedor avalia-lo. Onde ficam os “poréns”?

Final de 2022 Filipe e eu conversamos pelo whatsapp e ele me disse algo que me deixou ainda mais seu fã. Falavamos sobre a Copa, a chance dele talvez estar nela, e eu brinquei que ele poderia ser chamado pra ser auxiliar do Tite. Ele me disse que se chamassem pra carregar as redes de bola no treino ele iria só pra estar com a seleção na Copa.

Cara, isso é muito foda. Ele falou isso em off, não pra ir pro ar e parecer interessado. Ele realmente abriria mão de tudo pra estar lá e ajudar a seleção. E eu ainda brinquei com ele (falando a verdade) que também pararia a carreira se me levassem pra empurrar as malas dos jogadores, meramente pra estar ali.

No final deste ano ele me ligou e combinamos de almoçar. Não o conhecia pessoalmente, só a relação comentarista/comentado mesmo. E em algumas horas eu conheci alguém que era exatamente como eu jurava que seria. Sereno, educado, cabeça boa, focado. Outro patamar, como eles gostam de dizer.

E por algum motivo que não me lembro qual, chegamos numa discussão sobre “poder”. E no meio disso eu falei pra ele que o “poder” é um equívoco, porque ele só te mata aos poucos em troca de ego. O “poder” que importa é outro. É o “poder” olhar seus filhos orgulhosos de você. “Poder” ver orgulho nos seus pais por quem você se tornou. “Poder” vencer sem ter prejudicado em ninguém.

E caraca, Filipe. Como tu é “poderoso”, irmão.

Quandos “podem” contar o que você conta? Quantos “podem” dar a sua família o que você dá pra sua? Quantos “podem” dizer que venceram na vida sem sombra de dúvida ou espaço pra interpretações?

Eu vou sentir muita falta daquele lateral meio calado, “burocrático” do Simeone e bem mais criativo do Jesus. Vou te dizer até que você não é um dos meus preferidos, pois óbviamente eu vou preferir um passado do futebol mais técnico e lento. Mas você foi o primeiro lateral brasileiro que hoje o mundo considera o ideal.

Você é a virada de chave. O lateral que joga, mas que marca. Alto, que cabeceia se precisar, que vira zagueiro, vira ponta e que não depende de dribles mágicos pra se tornar fundamental.

É o futebol de hoje. E por pioneirismo ou vocação, você foi o primeiro a entende-lo.

Boa sorte, Filipe! E muito obrigado por tanto.

Agora descansa que pelo jeito vou passar os próximos 20 anos discutindo se você escalou bem ou mal, se mexeu certo e se deve permanecer ou ser demitido. Porque é óbvio que você será protagonista no que quer que seja.

RicaPerrone

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Flamengo

Flamengo vive entre o alívio e a dor

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Não há prazer na Gávea. O que o Flamengo se transformou nos últimos anos é um projeto muito improvável de se tornar o Bayern do Brasil e conquistar todos os títulos meramente por obrigação de mantê-los.

O torcedor mais novo comprou o barulho. Acreditou na ideia e agora sofre com qualquer coisa que há poucos anos seria considerado um “resultado normal”.

A mídia embala, os influenciadores inflamam, e o Flamengo virou um clube que só alterna entre o alívio e a dor, excluindo o prazer.

Que graça existe na glória se ela for rotina? Se é glória, não é comum.

Entendo que o investimento é alto. Mas entendo o suficiente de futebol pra saber que onde se compra resultado com garantias é na Europa. Aqui, berço de craques, nunca se sabe se o que você comprou o rival não vai lançar da base. Ou se o treinador vai surtar, se o jogador vai cheirar, se o grupo vai rachar.

Aqui são outros 500. E mesmo que seja 2 mil, 500 ainda mudam resultados.

O Flamengo evita perder títulos. E isso é um absurdo tão grande que eu chego a sentir pena do que virou torcer pro Flamengo.

Hoje fala-se em “salvar o ano”. Ok, então ser campeão brasileiro é salvar o ano e não conquistar algo incrível? Que merda que deve ser viver na cabeça desse torcedor. Ele busca a glória como alívio e qualquer insucesso como tragédia. Não há gozo. Só dor e alívio.

Se o Flamengo ganhar o Brasileiro – e pode – será incrível! Não uma “salvada” no ano ruim.

Desde quando não ganhar a Libertadores é vexame? Como você, torcedor não acéfalo, compra esse discurso sensacionalista vazio de quem quer te pegar no calor da derrota pra vender clique?

Você está indo buscar um título enorme em cima de um rival. Se isso te soa como “salvar o ano” ou aliviar o que deu errado, você morreu pro futebol. A soma da arrogância de parte da diretoria do Flamengo com a soberba natural da torcida e a validação midiática do absurdo transformaram o Flamengo numa máquina de memes.

Porque não dá pra ser só grande e disputar títulos? Quem evita perder algo que não lhe pertence? Porque é tratado assim todo campeonato que o Flamengo disputa?

A Flapress sempre fez mal ao Flamengo. Hoje ela está somada a alguns influenciadores que não carregam a obrigação da isenção mas inflamam ainda mais a torcida nas horas de derrotas comuns.

Que sentido tem terminar o ano brigando por um título e ao invés de euforia só se fala em “salvar ano”?

Quem dera meus anos todos fossem salvos com um título brasileiro.

Desfrutem. Ser Flamengo não pode ser um peso, mas sim um prazer.

Vê-lo brilhar, lembra? Então…

RicaPerrone

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