Antológico!
Domingo, 19h30. Maracanã, palco maior de uma verdadeira doença mundial chamada “futebol”. Em campo, Flamengo e Fluminense, responsaveis pelo tal de “Fla-Flu”, maior clássico do mundo.
De uniformes “número 1”, com 60 mil pessoas, ambos em boa fase, o jogo prometia. Mas, para um digno suspiro de alegria de Nelson Rodrigues, esteja onde estiver, não foi apenas um grande jogo. Diria que foi “o jogo”. Aquele que abre a temporada do futebol brasileiro.
A expectativa era enorme. Afinal, Fred, Adriano, Love, Guerreiros, Hexas, casa cheia…
Mas nem o mais apaixonado torcedor rubro-negro poderia imaginar o que estaria por vir. Nem ele, nem o mais doente tricolor, que jamais imaginaria o baile do primeiro tempo, muito menos o do segundo.
O Flu fez 2×0, jogando uma barbaridade em cima de um apático Flamengo. Diguinho deitava e rolava, até que deitou para fazer uma falta dentro da área. Penalti, 2×1.
Quando o Mengão respirou, o Fluzão pisou em cima. 3×1.
Intervalo, e Andrade mexe no time. Cuca não, e nem poderia. O Flu fazia uma partida brilhante.
Em 8 minutos o Flamengo empatou o jogo.
Teve um jogador expulso em seguida, e restava se defender para poder se vangloriar do empate heroico.
Mas não. Não bastava uma grande reação. Era preciso uma grande e incontestável vitória, por mais impossível que ela fosse há 15 minutos.
Pois o Flamengo virou, 4×3, com um jogador a menos.
Assustado, o Fluminense foi pra cima de forma desorganizada.
Num contra-golpe mortal, Adriano transformou um vexame em goleada.
Coisas que só acontecem no Maracanã, que só acontecem quando dois gigantes estão em campo.
60 mil pessoas, sejam elas rubro-negras ou tricolores, contarão para filhos e netos sobre o dia 31/01/2010.
O famoso “eu tava lá!”.
Antológico clássico no Maracanã.
Antológicos 60 mil pagantes na quinta rodada de um estadual.
Antológico primeiro tempo do Flu.
Antológica virada do Fla.
Fla-Flu, antológico! Como sempre.
abs,
RicaPerrone