Foi só uma estréia, dizem. Não dá pra julgar um time que ainda terá 3 ou 4 mudanças nos 11 titulares. Nem dá pra julgar o adversário, que veio com meio time reserva ignorando a famosa Libertadores. Também não dá pra julgar o trabalho do Ricardo Gomes, é cedo.
Também é cedo para analisar postura tática, individual e padrão de jogo. Resumindo, para a maioria, o SPFC atinge 10% dos seus jogos em 2010 e ainda é cedo para qualquer coisa. E é. Mas, nem tanto.
Lá se vai um mes de trabalho, dos 10 por ano que a bola rola, e nada de futebol.
O Tricolor jogou mal, muito mal. Teve dois lances de conclusão a gol, um contra e outro de bola parada. O outro foi falta do Ceni. Tirando isso, o time não fez nada contra o mistão do Monterrey.
Como aliás, também não jogou quase nada diante do Santos.
Tático? Técnico?
Não.
O que me preocupa não é nada disso. Me preocupa a falta de tesão. Não de corpo-mole, são coisas diferentes.
Ninguém ali está fazendo corpo-mole. Mas não há sorrisos, não há vontade de tentar uma jogada, não há tesão em entrar em campo.
É um time apático, quase “obrigado” a jogar.
Vence, porque é bom time, porque o rival é ridiculamente mais fraco. Mas não joga com nenhum sinal de quem está adorando o que está fazendo. E isso, pior do que perder, é a pior coisa no futebol.
Ver um time tentar e perder é parte dele. Ver um time jogar mal idem. Ver um time sem tesão pelo que faz é complicado. E não é de hoje.
O SPFC precisa, urgente, de um banho motivacional.
Cansei de ver o Love e o Adriano sorrindo quando tentam uma jogada bonita. O Robinho e o Neymar felizes pelo “quase gol”, ou o Fred e o Maicon rindo de um drible desconsertante. O SPFC precisa “sorrir” em campo.
E, não ao pé da letra, claro. Pra bom entendedor meia palavra basta.
Quando você acorda e vai trabalhar porque tem que ir, seu trabalho fica, no máximo, aceitável. Quando você acorda e vai ansioso pra fazer algo novo, diferente ou surpreendente, ele fica no mínimo interessante.
Falta ao SPFC ser um time interessante.
Aceitavel ele será sempre com tamanha estrutura e elenco.
Tá dificil é de encher os olhos. Nem que seja de lágrimas.
abs,
RicaPerrone