Aprendendo a ser Corinthians
Se os campeões da Copa SP serão ou não grandes jogadores profissionais eu não posso responder, sequer chutar. Se a base alvi-negra os prepara com competência para serem meias, zagueiros ou atacantes, também não sei ao certo.
Sei que tem coisas que ninguém ensina, só a vida. E hoje, naquele Pacaembu lotado, os garotos tiveram a mais importante aula desde a estréia no infantil.
Aprenderam o que é ser Corinthians.
Na Tv aberta, casa cheia, Pacaembu, pressão, time grande do outro lado, 1×0 contra e os dois esgotados fisicamente pelo calor. É Copinha, não vale nada.
Mas é o Corinthians, logo, passou a valer.
Para aquele bando de loucos nas arquibancadas não eram 11 meninos de 17 anos. Eram jogadores do Corinthians, algo que a vida vai cobrar deles lá na frente se tudo der certo e faço votos pra que dê.
Não podia ser 3×0, fácil, com gols de atacantes de pé em pé. Aprenderiam a ser campeões, mas não aprenderiam a vestir a camisa que vestem.
É Corinthians, então, no finalzinho, de virada, sofrido, esgotado, dramático e com gols de beque.
Beque que veio do Flu, porque todo título alvi-negro tem que ter uma história curiosa para ser contada.
O Fluzão pode até acabar tendo mais time que o Corinthians no final das contas. Até acho que me impressionei mais com a técnica do time do Flu do que a do alvi-negro. Mas, numa suposta vantagem de jogar “em casa” estava a grande arma tricolor.
A pressão, a torcida, a tremedeira. Com 1×0, era só administrar e tocar a bola. Os garotos entrariam em pânico.
Não entraram. A torcida não cobrou, apoiou.
Saiu tudo ao contrário.
Da base do Flu veio o autor da vitória corintiana.
E a Copinha, que de fato não vale nada como título, passou a valer como vestibular.
E assim sendo, estão todos aprovados.
abs,
RicaPerrone