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Sem medo de ser feliz

Palmeiras e Santos se enfrentaram no Pacaembu. Um meio desacreditado, sem seu camisa 10, vendido ontem. O outro sem 2 dos seus principais jogadores. Chovia, e o cenário era perfeito pra um clássico decepcionante.

Mas, para surpresa de muitos e alegria de todos, Palmeiras e Santos fizeram uma belíssima partida. Daquelas que nem mesmo o perdedor pode sair irritado de campo.

Não tem nada a ver com Felipão. É injusto com o time meter essa nas costas do cara que chegou hoje, tomou café e foi pra tribuna. Pode ajudar na moral, mas o futebol do Verdão foi mérito dos jogadores.

Joga do Santos é um raro prazer hoje em dia. Quando o time não brilha, como não brilhou hoje, pelo menos se posta ofensivamente e abre espaço pro jogo. Ele joga, deixa jogar e a partida fica agradável, bonita, ousada.

Ganha quem faz mais. Não aquele que tenta “não perder”. Até porque, contra o Peixe, se tentar “não perder”, perde.

O Palmeiras surpreendeu e jogou pelo chão, de pé em pé, criando diversas oportunidades e chegando sempre com qualidade. Tabelas rápidas, um golaço do Everthon e boas jogadas ofensivas.

O Santos tentou, agrediu, arriscou e por pouco não saiu com um pontinho, que nem seria injusto.

Mas hoje era dia do Palmeiras fazer as pazes com a torcida e mostrar que está vivo na temporada e que mesmo com perdas, pode sim fazer um bom campeonato.

A bola era retomada de um lado e o ataque ia até a área adversária. O jogo todo, sem chutão, sem cruzamento. Jogo pelo chão, aberto, digno das duas camisas que lá estavam.

Parabéns aos dois, em especial ao vencedor.

Prefiro um time que perde tentando ganhar do que aquele que ganha tentando “não perder”.

Abs,
RicaPerrone

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