Sim, foi um baile. O Inter fez o que quis, como quis, a hora que quis e do jeito que quis. Tocou a bola como se não tivesse adversário, rodou o campo todo, jogou pelo chão, não teve dificuldade alguma para brecar o Tricolor e venceu com sobras.
Dirão: “Mas que vergonha o São Paulo!”. E eu cansei de dizer, repetir, insistir. O que acho todos sabem, então… vamos ao que interessa? E o que realmente importa é quem joga bola, não quem se recusa a fazer isso.
O Inter fez uma partida fantástica no Morumbi. O tempo todo tocando a bola com segurança, criando jogadas, arriscando dribles e se destacando em cima de um jogador injustiçado.
Pra mim, diga-se, ao lado do Ibson, o melhor volante do país nos últimos anos. E nada de seleção pro sujeito…
Me refiro ao Tinga, que vai me obrigar a perder um pouco a linha no blog hoje. Mas, foda-se, faço isso sempre.
Eu poderia dizer que ele jogou “muito”. Poderia me exaltar e citar que jogou “pra cacete”. Mas não, não cabe. A real é que o Tinga jogou pra caralho!
Ele marcou, saiu pro jogo, armou, driblou, apareceu em todos os lados do campo e se desmarcou com uma facilidade digna de nota.
Apareceu o tempo todo sozinho, livre de marcação. E isso não é só falha adversária, antes que apareçam doentes exaltados com a frase idiota: “Perdemos pra nós mesmos”.
Ele aparece livre porque aparece em todos os lugares. É um jogador incrível, fantástico, pouco valorizado pelo que joga.
Em dia de Tinga, o Inter bailou. Quando o Tricolor empatou, num raro lance de bola parada, parecia que o jogo estava equilibrado. Mentira! Todos os lances do SPFC eram individuais ou bicos pra frente. O Inter buscava o jogo pelos lados, pelo meio, tocando, de pé em pé, outro nível, outro patamar.
Ficaria muito feliz em ver o Inter disputar o Brasileirão mesmo tendo o Mundial pela frente. Ficaria, mas não acredito nisso.
E não por culpa do técnico, do clube, mas porque não há como acreditar que alguém vá enfiar o pé na dividida quando faltar 3 semanas pro mundial. Vão se poupar, é natural. E até certo ponto, se confirmado isso, uma pena.
O Brasileirão merecia um Colorado desses na briga.
Brilhante hoje. Contra mediocres que há anos recusam o futebol em troca de “não perder”.
Agora, quando perde, todos enxergam o óbvio.
Foi o Inter quem venceu, não o São Paulo que “deixou de ganhar”.
Só isso.
abs,
RicaPerrone