Aí não, Timão!
Lugar de torcedor é na arquibancada. Quer reclamar, reclama. Quer aplaudir, aplaude. Xinga, protesta, não vá ao jogo, faça o que bem entender dentro de um limite. Esta é a norma que todos apoiam e concordam, porém…
E quando a diretoria de um clube não dá limites ao torcedor? Quem é o maior culpado do lamentável epsódio desta tarde no Corinthians? Os 70 fanáticos que tiveram o “direito” de cobrar ou a diretoria, que abriu as portas?
Essa “relação” torcida/clube, que é linda quando o time ganha, se torna perigosa quando perde. Torcedor não raciocina, ele apenas torce. E se num momento de fúria ele tiver acesso aos profissionais do clube, uma enorme cagada estará desenhada.
Hoje ninguém apanhou, mas poderia ter apanhado. Afinal, convenhamos, não é novidade no futebol uma torcida invadir treino e ameaçar jogadores.
Isso parte daquele “pedido pra conversar”, que nunca ajudou em nada, que nunca foi correto e que nunca deu em bons resultados.
Alguém é idiota de achar que o time reage porque o “Zé Tonhão” da torcida X foi lá e disse: “Queremo raça aê, porra!”? Claro que não! Isso só serve pra fazer média, pra dizer pra torcida que a diretoria não está com o dela na reta e jogar tudo nas costas do grupo.
Lamentavel o epsódio, e infelizmente é apenas “mais um”.
Acontece no Flamengo, no Fluminense, no SPFC, no Vasco, no Galo, enfim, em todos os clubes grandes do país. Basta um “organizado” pedir a palavra e lá vem um dirigente amador abrir o portão pro sujeito discutir tática com treinador.
E assim, o famoso bordão alvi negro que decreta “Uma torcida que tem um time” se torna real. Não pelo lado positivo que a frase insinua, mas pela mais amadora e burra forma de entende-la.
Se já havia pressão, agora haverá medo. Nunca vi isso ajudar time a ganhar campeonato.
abs,
RicaPerrone