Loucura! Loucura! Loucura!

Quando um clássico carioca começa você não pensa em zero a zero. Pode acontecer, mas diz a história que a chance de ser um jogo cheio de gols, expulsões, contra-ataques, aberto e com gols perdidos é muito grande.

E assim foi, mais uma vez, o clássico do Engenhão. Botafogo, juiz e Fluminense protagonizaram um grande espetáculo.

Se era pra ser uma vitória simples do Botafogo eu não sei. Mas que o juiz impediu que isso acontecesse no primeiro tempo, nós sabemos.

Lances difíceis, nada muito clamoroso ou que possa sugerir má intenção. Mas…. a expulsão do Mattos foi exagerada, a bola do Cajá parece ter entrado e o segundo gol do He-man estava impedido.

Eu teria expulsado o Valência sim. Não vi o primeiro amarelo, mas o lance do vermelho foi falta e pra cartão.

Com o Botafogo controlando o jogo e tendo a posse de bola, o Fluzão adotou o estilo Muricy no primeiro tempo e foi achar um gol de cruzamento. Fez pouco pro time que tem, e é natural, pois assim gosta seu treinador.

Ele só solta o time em último caso. Estar perdendo é um último caso, por isso não estranhe em ver o Fluminense jogar 3 vezes mais quando está perdendo do que quando está empatado ou ganhando.

E o “retranqueiro” Joel, hoje, armou direitinho. O Bota tinha a bola, não era muito ameaçado e criava chances de gol.

Na primeira etapa o juiz sabe, pelo dito acima, que deixou o Fogão em situação complicada. 2×1, mas o placar deveria, em tese, ser o inverso.

Volta do intervalo pronto pra tentar arrumar. Dá pênalti pro Botafogo, que foi.

Na cobrança, Abreu faz a cavadinha e perde bizonhamente.

Minutos depois outro lance na área e o juizão dá uma segunda chance. Desta vez, só ele viu penalti.

Abreu, a bola, o goleiro. 2×1 pro Fluminense, que joga menos do que o Botafogo desde o começo da partida. Abreu perdeu um penalti ha menos de 5 minutos. Ele vai cobrar de novo?

Vai. E com cavadinha. 2×2.

O sujeito já tem minha admiração pelo centroavante que é. Agora, pela personalidade que tem.

Em seguida, embalado, Herrera vira o jogo.

Dali pra frente o Fluminense passa a usar de fato o que tem de bom, que é o talento de seus jogadores e a bola no chão. O Botafogo abusa dos contra-ataques, que não é uma arma tão mortal assim com os pesados atacantes que tinha em campo.

Jogo aberto, emocionante até o fim.

Daqueles clássicos que uma torcida sai irritada do estádio, mas que daqui 10 anos vão recordar com euforia.

Foi sim um daqueles jogos que a gente adora dizer: “Eu estava lá!”.

Só 13 mil dirão.

Pelo juiz perdidão, pelo Loco doidão, pelo Flu campeão ou meramente pela vitória do Fogão.

Mas que foi, foi. Um puta jogão.

abs,
RicaPerrone

Botão Voltar ao topo