A fábrica de quase heróis
Era noite de para super herói. O Fluminense é aquela cidade violenta onde quase toda semana alguém aparece para salvar o povo e permitir uma noite feliz.
Semana sim, outra também, Fred é a esperança tricolor.
E o roteiro hoje era impecável. Uma perna só, no sacrifício, tendo a favor de vosso discurso um pênalti mal marcado no Maracanã que fatalmente, não fosse uma goleada, seria o grande “motivo” da derrota.
Ele joga, fica, grita, marca o gol e leva o jogo pros pênaltis. Lá, onde toda a história do futebol diz que ele tende a perder a façanha dos 90 minutos, se coloca pra bater o decisivo.
Quis o destino que Fred não terminasse vilão de seu próprio show.
O Fluminense jogou melhor que o Palmeiras em 180 minutos, teve um pênalti mal marcado no Maracanã (embora também ache que o gol do Palmeiras tenha sido mal anulado) e hoje teve um discutível pênalti que começa fora da área e termina dentro. Eu não daria. Daria falta. Mas passo longe de chamar isso de “roubo”.
O discurso da eliminação, salvo uma goleada, estava pronto de véspera. E a imagem do pênalti no Maracanã será reprisada pra sempre quando o assunto for Fluminense/Arbitragem. Previsível.
O ponto mais interessante do jogo hoje é que Fred teve seu dia de Thiago Neves, nas devidas proporções, é claro.
Fez tudo que tinha que fazer pra salvar a cidade em mais uma noite de super herói. Mas, como o mocinho morreu no final, ninguém vai contar essa história pros netos. Por mais que ela merecesse.
abs,
RicaPerrone