A Grande Rio não pode ser rebaixada
Parece absurdo, e até seria não fosse o passado. Existe um termo no direito que chama-se “Jurisprudência”, que é onde um caso anterior e uma decisão anterior se torna referência para dizer que a lei não pode ser uma pra cada um e portanto pede-se o mesmo tratamento.
Eu não sou advogado. Obviamente estou sendo superficial. Mas é isso basicamente.
A Grande Rio quebrou um carro e não entrou. Ok? Ok.
Em 2017 duas escolas quebraram carros. Uma na pista, machucando pessoas. A outra forçando um carro a entrar e matou uma pessoa, além de ferir dezenas. Refiro-me a Tijuca e Tuiuti.
As duas escolas ficaram livres de rebaixamento porque “acidentes acontecem”, segundo as co-irmãs. Não todas, mas a maioria.
Rica, você concorda? Não. Eu rebaixaria.
Mas não foi assim.
E então em 2018 um carro da Grande Rio quebra. Ela não força sua passagem e nem coloca a vida de ninguém em risco. Por prudência, abandona o desfile daquele carro e vai sem ele. No final ele é seguramente guinchado e ninguém se machucou.
Aí eu pergunto a você: A Grande Rio tem que cair?
A regra é pra todos. Goste você da escola, concorde ou não com a lei. Se a regra permitiu em 2017 que escolas que chegaram a causar a MORTE de alguém ficassem por um “acidente” no carro, como você rebaixa a penultima de 2018 que também teve problemas e não feriu ninguém, sendo que só caem duas esse ano exatamente por causa da aliviada nelas em 2017?
Eu odeio ir contra as regras. Mas quando elas são quebradas pra um, ou você quebra pra todos ou você está cometendo um erro maior que o infrator.
A Grande Rio não é diferente da Tijuca e da Tuiuti. E se a Liga teve a “coragem” de rasgar o regulamento pela Tijuca em 2017 e por tabela segurou a Tuiuti, como ela explica pra Grande Rio que “esse ano não vai rolar”?
Uma feriu pessoas, foi absolvida. A outra não. Será punida com o rigor da lei?
abs,
RicaPerrone