Não resta dúvidas. Estamos diante de um novo São Paulo. Pra melhor, pra pior, não sei. Mas com certeza, novo. Há pouco tempo o SPFC diria que o Rivaldo não tem perfil, como aliás, disse em junho de 2010, quando a diretoria deu risada e recusou sua contratação, sugerida por Marco Aurélio Cunha.
Há pouco tempo um time com jogadores leves e dribladores era pouco aceitável no Morumbi. Hoje, é fato.
Até outro dia o São Paulo era o time de futebol mais chato do mundo. Bola na área 90 minutos e se portava como pequeno, o tempo todo procurando contra-ataques.
Hoje, curiosamente, mesmo sem resultados tão garantidos pela covardia, o time busca jogar futebol.
O Tricolor era, também, o clube que debochava de alguns rivais por diversos motivos. Hoje ele faz uso de quase todos eles e nem fica vermelho.
É, de fato, um novo SPFC.
Começando pelo velho presidente, que não deveria estar mais lá. Mas estará. Porque o novo São Paulo permite.
Em campo, um novo Carpeggiane, menos teimoso e Pardal que da última vez, peita o Dagoberto, eterno “agora vai” do futebol brasileiro.
Rogério Ceni sai pulando como um garoto após um gol. Isso não estava acontecendo.
Rivaldo, de 38 anos e que ninguém (nem eu) acreditava mais que poderia jogar, segue como dúvida. Mas estreou bem, fez um golaço, deu chapéu e correu bastante.
Mudanças são sempre bem vindas.
Especialmente quando o SPFC passa a tentar jogar futebol igual time grande.
Ontem, com 3×1 diante do Linense, o time tentava o quarto. Coisa que ha muitos anos não fazia. Ele atacava, o pequeno contra-atacava. Assim é a postura de quem joga futebol igual gente grande.
Assim foi o SPFC ontem no segundo tempo.
Sigo com as perspectivas que citei aqui ha 2 semanas. Acho que esse time é tão diferente do que estamos acostumados a ver no SPFC que, mesmo se não for campeão, algo interessante vem por aí.
Das mil novidades tricolores, a única que não muda fica ali em cima. Pra variar, público patético pra estréia do Rivaldo.
E eu sou maluco quando digo que sãopaulino só consome titulos, não o clube e tudo que envolve o futebol.
O SPFC merecia mais.
abs,
RicaPerrone