A síndrome do “nem queria mesmo”
Como uma epidemia de Dengue a síndrome do “eu nem queria mesmo” atingiu as zonas sul e leste de São Paulo neste domingo. Logo cedo, ao acordar os primeiros sintomas foram “raiva” e “inveja”.
Como tratamento caseiro já cultural em todo país a primeira tentativa de combater a doença é reavaliando o alvo. Neste caso, aquele que acordou as 10 desejando Dudu, já repensava seu valor as 11h30. As 13h, se bem tratados com doses de reavaliação já eram capazes de praticar até algum deboche.
No fim deste domingo a cidade de São Paulo quase toda, excluindo as colônias italianas, já consideravam Dudu uma mentira bem contada. Um reforço fraco, e que o Palmeiras “os livrou” dele.
Mentira. Todo mundo queria um dos destaques do Brasileirão do ano passado. Não sei se pelo quanto pediram, pelo que o Palmeiras ofereceu. Mas queriam, brigaram por ele, levaram a público sua paixão e agora não podem fingir que “nem se importam” com o casamento “dela”.
Chapéu, dizem. Eu acho golaço. O chapéu é parte da jogada.
Primeiro porque não há nada de anti-ético em negociar com um jogador que está sendo negociado com diversos clubes. Segundo que ele não pertencia a nenhum dos clubes. E mesmo se pertencesse, que diabos de cooperativa é essa que não estou sabendo onde os clubes brasileiros se ajudam e pensam no bem do futebol?
Faça-me o favor. Tudo farinha do mesmo saco. Não tem ninguém em nenhum dos clubes brasileiros disposto a perder 1 minuto do seu dia para pensar no futebol ao invés do beneficio do seu clube apenas. Assim sendo, que seja como na selva.
Eu gosto do Dudu. Levo fé, acho que tem potencial. Se eu fosse o São Paulo teria saido quando ele escolheu publicamente o rival. Se eu fosse o Corinthians teria logo fechado. Se eu fosse o Palmeiras teria feito exatamente o que ele fez.
E se eu fosse palmeirense, hoje, estaria rindo e debochando. Como não sou, acho que vou reavaliar o Dudu e volto com outro post na terça-feira.
abs,
RicaPerrone