BotafogoVasco

Abraçados

O Vasco ainda respira, o Botafogo não. Cruel, fez questão de trazer o “co-irmão” pra mesma situação, ainda que a matemática desminta.  Se Éder Luis não enxerga um palmo na frente do nariz, nenhuma culpa tem o Fogão, que soube fazer em 3 oportunidades o que o Vasco não fez em quase 10.

É nítido, claro e pouco discutível que o Vasco jogou melhor e teve diversas vezes o jogo nas mãos.  Aos 27 do segundo tempo a torcida do Fogão berrava para Oswaldo, o fantasminha camarada, tomar no indesejável buraco negado por Nicole.

Ele não foi e, se pudesse, viraria ao final dos 90 minutos e diria: “Vão vocês!”.

Não disse, porque tem sim sangue de barata. Sempre teve.

Educado, gentil, pouco funcional. Oswaldo é uma máquina de vapor, daquelas que você compra achando ser uma inovação, usa 2 vezes, encosta no quintal e ela fica ali sem nenhuma utilidade por tempo indeterminado, até que você a jogue fora. Ou, mais cruel, empreste pra um amigo.

O amigão Botafogo adora pegar essas tralhas emprestadas. Foi Caio Jr, Joel, agora Oswaldo.  Tenho medo da sua demissão abrir as portas para Celso Roth, assim fecha o ciclo de tentativas de chegar ao pior perfil possível para liderar um time que sonha em voltar a vencer.

Hoje, venceu.

Não diz nada, não muda nada. Ao Fogão, o campeonato acabou.  Vencer um clássico aos 48 dá um gostinho todo especial, mas neste caso, acaba rápido. Não tem dia seguinte.

Ao Vasco fica a dor de ver um sonho muito possível ir virando um pesadelo até chegar a hora de acordar. Ainda pode dar tempo, mas algo insinua que a cama já está molhada.

Éder Luis perdeu todas as chances possíveis que um atacante pode perder numa partida. Só que está lá porque o Vasco vendeu 3 e pegou a grana pra comprá-lo, não por acaso ou sorteio.

Grana que daria pra trazer uns 8 Bruno Mendes, que pode ser o novo Dodô, um novo Éder Luis ou um novo Pelé. Apostas são feitas quando temos esperança de acertar.

Éder Luis não é aposta, é um erro.

Erro que em algum momento  o futebol cobra. Hoje, cobrou.

Tudo que ele perdeu, sozinho, cara a cara, alguém foi lá e fez do outro lado.

Para míseros 7 mil torcedores, um grande clássico.

Para o Fogão, férias. Ao Vasco, esperança.

Daquele torcedor que disse, saindo do estádio, ao colega vascaíno: “Acho que fodeu.” E ouviu: “Tinha fodido pro Botafogo hoje também….”.

abs,

RicaPerrone

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