Saudades, Dunga…
Eu não gosto do futebol covarde, não suporto a idéia de time grande atuar de forma mediocre. Entendo, porém, que nos dias de hoje a seleção é um caso a parte. O futebol é altamente físico, tático e coletivo, não a toa seleção nenhuma joga porcaria nenhuma há tempos.
Foi uma Espanha em 2 temporadas, uma Alemanha em uma e olhe lá. O futebol entre seleções caiu demais em virtude da mudança do jogo.
Mas se é pra ir a um torneio, se haverá preparação curta, se eu preciso equilibrar ao máximo e me dão 3 nomes pra desequilibrar o jogo, devo caprichar na escola. Sabemos, eles podem decidir.
Aliás, lá estarão pra isso.
Mano, o oposto extremo do Dunga, que foi injustiçado com um time que jogou uma boa Copa e perdeu no detalhe para um outro grande time, quer inventar um mundo paralelo onde só ele vive.
A seleçào dele é a “Terra do Nunca”. Só ele enxerga que alguns caras podem estar lá, mas tudo bem, eu sou justo, não assisto campeonato Russo, Turco, não sei como tá esse ou aquele e as vezes nem quem são. Portanto, confio na convocação e aguardo pra ver.
Mas numa lista de possíveis “desequilibradores” de Olímpiadas, com 16 nomes, surgir Ronaldinho Gaúcho, Fernandinho, Hulk, Luisão, Adriano reserva do Barcelona e Hernanes, aquele que não se firmou na seleção ainda?
Eu não consigo achar a lógica, juro.
E nem é má vontade, gosto do Mano, o defendi por um ano. Mas hoje vejo que o sujeito se perdeu no meio das criticas.
Todo técnico de seleção precisa entender que não é pra ouvir o que a imprensa quer, nem o oba-oba da torcida, menos ainda o que querem os dirigentes. Um meio termo, o ponderável do imponderável futebol.
Dunga fez o dele, bateu de frente e foi do primeiro ao último dia com sua convicção. Perdeu? Perdeu. Mas a seleção fez boa Copa e saiu por detalhes, erros individuais, falhas de jogo e, também, mérito alheio, algo que não costumamos considerar.
Dunga não era amigo da imprensa e talvez por isso tivesse menos medo de porrada. Mano é educado, e adoro que seja.
Deixar que os outros falem é uma coisa, ouvi-los é outra.
Não conheço casos de sucesso onde o líder ouviu demais. Mano ouve demais, muda demais de idéia, perde demais a linha.
Mano piora sua situação cada vez que convoca 23 pra um amistoso.
Não me espanta ter sido tão bizarra a sua escolha nos 52.
Os convocados: (Negrito os acima de 23)
[tabgroup]abs,
RicaPerrone