A hora do “não”
A FERJ, inteligente como todo dirigente do nosso futebol, quer piorar o que já é uma enorme porcaria. Insatisfeitos em ver Botafogo, Vasco, Flamengo e Fluzão sem grana, tendo que bancar salários de Seedorf, Love, Deco e cia jogando 4 meses contra Madureiras, Olarias e Bangus, quer aumentar o sofrimento.
Mais jogos, mais complicação, mais valor pro campeonato menos importante. Os interesses são diversos, mas não estamos aqui pra dar ibope pra politicagem. Vamos ao simples, aos fatos.
Eles querem X. Se os grandes quiserem Y, será Y. Simplesmente porque os times pequenos não são nada sem os grandes. Sequer conseguem audiência, quanto mais organizar um campeonato.
Se Vasco, Fla, Flu e Bota disserem “não”, é “não”.
Você me dirá que o peso do voto vale…. foda-se. Não tem peso maior que a camisa dos 4. É simples: “não!”.
E se forçar, jogo com os juniores.
Ponto.
Este “não” determina que mais do que reclamar estão dispostos a agir. Um “sim”, seja na condição que for, é um tiro no pé e uma demonstração de irresponsabilidade incrível.
Os clubes precisam se pagar. O Ano tem 10 meses uteis e nestes é preciso transformar o tempo em dinheiro. Bangu, Olaria, Madureira e Goytacaz são caridade, não um evento esportivo.
Você disputa contra eles pra mantê-los vivos, quando na real deveria estar jogando contra outros grandes desde fevereiro em busca de grana e alto nível do produto que vende.
Os estaduais acabaram. Só algumas pessoas não notaram isso. E se não acabaram, ao menos perderam muita importância. Não será aumentando e sucateando ainda mais os jogos dele que alguma coisa será retomada.
Diga “não”!
Passou da hora de ficar claro para confederações, federações e agregados: O que os 12 grandes querem, será feito. O que não for bom pra eles, não será.
Chega de esmola. O Seedorf recebe em dinheiro, não em ação social.
Brasileirão de pontos corridos? Beleza! Então coloca essa porcaria o ano todo SÓ finais de semana e pára em todas as datas FIFA.
Pronto, resolvemos 4 problemas de uma vez.
Seleção volta pro povo, não prejudica clubes, calendário lucrativo e meio de semana livre pra mata-mata.
É hora do “não”.
Mas se não vier, na primeira entrevista reclamando de calendário, dinheiro ou contusão, lembre-se: Não foi a CBF! Foi o seu time que quis assim…
abs,
RicaPerrone