Sim, eu assisti e sei que deu Palmeiras. Mais do que um irrelevante clássico em meio a um estadual de fórmula imbecil, queria ver um Palmeiras x Santos.
Daqueles onde o Santos de Neymar, Ganso, Elano, Arouca e Ibson joga como Santos.
Daqueles onde o Palmeiras se posta e joga como Palmeiras.
Não vi, como não vemos há alguns meses.
Desde a conquista da Libertadores o Santos não faz uma grande partida. E lá se vão mais de 6 meses. Talvez seja pouco para o Palmeiras, que não apresenta nada além de lances de bola parada há mais de 1 ano.
Para ambos, mesmo em situações diferentes e com cobranças completamente distantes, é pouco.
O Santos faz mediocremente há algum tempo a função de entrar em campo e fazer o minimo possível. Ok, era “foco no mundial”. Mas a partir do momento em que você é humilhado e não chuta no gol no mundial… questiona-se o que foi feito.
O esquema tático já é aquele que conhecemos do professor. Defende, se fecha e bola pra alguém resolver na frente ou espera um escanteio pra ver se sai de cabeça. Pobre Neymar, deixou de ser atacante para virar “setor de ataque”.
O Santos pode mais, muito mais.
O Palmeiras ainda pior. Não entra na minha cabeça que o palmeirense consiga aceitar essa fase mediocre onde um dos maiores times do mundo joga como um nanico em busca de um cruzamento.
Onde um elenco limitado e tido como “esperança”. Onde jogadores apenas bons são tratados como ídolos ou possíveis solução.
Longe de estar devendo boa fase ou títulos, o Peixe deve aquela alegria de jogar bola.
Longe de qualquer alternativa há alguns anos, o Palmeiras precisa deixar de ser mediocre.
Não cabe, é grave, está passando do prazo.
Hoje o futebol brasileiro tem estrelas, cresce, paga bem e tem times recheados de jogadores que, se não renderem o que podem, ao menos dão status e peso a camisa. O Palmeiras não está acompanhando o ritmo.
O futebol brasileiro precisa de um Palmeiras que não se conforme com o “comum”. E não é este.
Nem que queira e tente por mais 10 anos, o Palmeiras não se tornará um time comum.
Então talvez seja o caso de se exaltar menos algumas micro-conquistas, confiar menos em jogadores médios e se enxergar como gigante.
Antes que alguém comece a duvidar disso.
O jogo?
Pouco importa. Queria ver um Santos jogando aquele “bolão” que pode jogar e o Palmeiras buscando algo mais do que uma bola parada.
Não vi.
abs,
RicaPerrone