Eu sei que é perfil nacional, especialmente meu, olhar apenas pros 12 gigantes e esquecer que pode haver méritos num “médio/grande” ou num “pequeno”. O Bahia, que não é pequeno e nem gigante, fez uma partida que poucos gigantes fariam.
Não porque o São Paulo não tenha tido falhas. Mas porque é muito mais relevante ao futebol a grande virada conquistada do que a sofrida. Não vimos apenas erros, vimos méritos.
O São Paulo treinou finalizações e com 3×1, sendo 3 bons chutes, Leão já pensava no que iria falar na coletiva que o exaltaria. Joel, de primeiro tempo covarde onde em determinado momento do jogo um atacante pegou a bola na área e ficou exatos 8 segundos procurando alguém pra tocar e não havia, mudou e fez o que lhe cabia. Agrediu.
Leão, incapaz de ser óbvio para tentar sempre ser “o dono da vitória!”, inventou.
Perdeu.
Perdeu porque o Bahia teve a união na medida entre torcida e time.
Perdeu porque viu seu time sentar no placar e acreditar estar resolvido, algo que só jornalistas e torcedores podem achar. Jogadores, jamais.
Perdeu porque o Bahia foi melhor.
Não foi o São Paulo que perdeu o jogo ganho apenas. Foi o Bahia que buscou algo mágico numa noite inspirada e especial.
Ignorar isso é fechar os olhos pro que há de melhor no futebol.
E hoje, sábado, o que há de melhor no futebol é ser torcedor do Bahia.
abs,
RicaPerrone