Botafogo e Vasco não se parecem em quase nada. Enquanto um tenta renascer após longo período em crise, o outro tenta confirmar sua significativa melhora no cenário nacional com um título mais pesado que um estadual.
Em campo, neste domingo, o Vasco teve uma dose maior de ousadia e, merecidamente, venceu o clássico que coloca Joel na corda bamba… Será justo?
Não, não perca seu tempo me explicando que o Joel é retranqueiro. Eu sei disso tanto quanto você. Também não compare com o Muricy, pois o Joel não se acha Deus.
Quatro volantes num clássico dói na alma. Concordo.
E aí perguntei aos torcedores do Botafogo no twitter: E qual era a sugestão?
Recebi centenas de respostas. NENHUMA delas citou sequer um meia que pudesse ser titular do Botafogo e resolver o problema. E aí, me perdoem, é meio mole bater no técnico.
Não estou tirando o dele da reta. Leiam, não interpretem.
O Vasco tem um técnico muito ruim que está em começo de trabalho. Tirando a possibilidade dele ter renascido nos últimos meses, não há nenhum motivo no planeta pra imaginar que ele vai arrumar o Vasco.
“Ah, mas arrumou!”.
Sim, em poucos jogos no estadual não é tão complicado. E o que melhorou o Vasco não foi só o Gomes. Foi o próprio Vasco.
Um time que tem o Prass, o Ramon, o Dede, Eduardo Costa, Leandro, Eder Luis, Diego Souza e Felipe passa a ter, no mínimo, qualidade técnica pra ser competitivo.
Engrenar ou não é um segundo passo. O primeiro é ter um bom elenco com algumas peças acima da média. Se não todos os citados, alguns deles são, sem dúvida, jogadores diferentes.
Diferentes que, informo, não significa ser craque. Apenas diferente.
Bernardo, que pode vir a ser o que tantos já tem certeza, é um diferencial.
Enquanto o Botafogo tenta dar o bico da defesa na cabeça do Abreu, o Vasco tentava, as vezes, fazer uso do meio-campo.
Felipe e Bernardo são bem mais inteligentes na criação do que Somália e Everton. E isso não é culpa do Joel.
Diego Souza, que joga muito quando quer, estreou em bom nível. O Vasco dá pinta de ser Vasco de novo, o que é uma grande notícia pro futebol brasileiro.
O Fogão, que hoje é muito mais forte do que vinha sendo anos atrás, sente falta de seu “mago”. E vai ter que ser mago pra descobrir remédio pra aquilo que ninguém encontra.
O problema está claro! São volantes, time sem criatividade, poucas jogadas pelo chão, etc.
E o remédio? Não está no banco, então está fora do clube.
Adianta trocar o técnico?
abs,
RicaPerrone