Celso, o vilão que convém
São as mesmas pessoas. Só mudam os discursos quando convém. No Fluminense há um banquete de opções para alimentar a hipocrisia alheia. E tudo isso passa pela Unimed e Celso Barros.
Note que já vou começar o texto dizendo “Unimed” e não “patrocinador do Flu”, afinal, ela paga uma puta grana e enche meu campeonato de craques pra aparecer. Não sou canalha de omitir seu nome. Ainda mais pra amanhã vir na tv dizer que “falta apoio” ao esporte no Brasil.
Celso Barros é o culpado oculto de tudo. Por ser patrocinador, torcedor e ter sim grande poder de decisão no clube que ajuda a sustentar, é tratado como alguém “de fora” que manda e desmanda no Flu. E qual a diferença pra um clube onde o presidente, que não use seu dinheiro no clube, mande e desmande?
De novo, a velha história: Jornalistas não tem nenhuma noção comercial do jogo. Mas quando um Sheik lá da puta que pariu compra um time europeu e lava rodos de dinheiro, é “exemplo de administração” e é “nisso que devemos nos inspirar”.
Eu nunca vi ninguém detonar o time que o Kia manda na Europa. No Corinthians, um massacre.
Peter ouve o patrocinador como o seu editor ouve o dele. Talvez você não saiba, mas acredite, eles conversam. E em qualquer conversa sobre trabalho quem paga fala mais alto. Gostem ou não.
Celso tem todo o direito de entrar na sala do presidente e discutir com eles os rumos do clube. Se você acha que não, respeito. Desde que não venha babar ovo pra europeu onde lava-se dinheiro nas janelas de contratações e os clubes são vendidos até pra procurados internacionais.
É do cacete ter Celsão na pauta. Tudo que ficar sem resposta, “teria sido ordem do presidente da patrocinadora”. É um “mestre dos magos” que some e aparece no noticiário conforme convém e os resultados mudam.
Quando campeão ninguém vem falar em “Parabéns Unimed”, ou dizer que Celso foi muito bem nas decisões conjuntas que o clube tomou. Perde, é Celso, é Unimed, é o “teria”.
Tudo é “teria dito”. “teria ido”, “teria pedido”. Teria uma fonte isso ou é mero chute?
Nunca falei com o Celso. Nem o cito quando ganha, nem quando perde. Questão de coerência. Ele patrocina o clube através da Unimed, que jamais foi “patrocinadora do Flu” aqui. Sempre foi “Unimed”.
É de considerável ingenuidade e até burrice imaginar que quem financia o futebol do Fluminense não participe das decisões dele. E de covardia extrema usar isso para criar situações que “teriam acontecido” todo santo dia nos bastidores de um lugar que a maioria sequer frequenta.
Vamos em frente. Em 2012 o Fluminense foi campeão brasileiro pela força do acaso. Em 2013 pode ser rebaixado porque a “patrocinadora do clube” interferiu.
Vai ser burro e covarde assim lá na redação.
abs,
RicaPerrone