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Clássico é clássico e vice-versa

Era 2015, sorteio da Copa do Brasil. O Flamengo estava muito bem, o Vasco capengando. Parecido com o cenário atual.  Alguns amigos do Flamengo acompanharam o sorteio e comemoraram quando deu o rival na sua chave.

Imediatamente eu lhes disse: “Vocês serão eliminados”.

Eles não entenderam e eu disse que aquela sensação de “oba, é o Vasco!” não pode existir nem se o Vasco tiver com 11 juniores no time. Clássico é clássico, e um dos times que melhor nos ensinou isso ao longo do século é o próprio Flamengo vencendo até campeonatos com times que ninguém esperava.

Na era onde pergunta-se o faturamento mais do que a camisa que estará do outro lado, não me surpreende que o time de menor capacidade técnica tenha entendido o jogo melhor do que o favorito.

E fora de campo era igual a sensação. Rubro-negros falando em obrigação, goleada, enfim, tudo que leva um time melhor a perder um clássico. Ensinaram tantas vezes, mas eles mesmos não aprenderam.

O Vasco foi perigoso, jogou bem, teve no Max Lopes tudo que o Flamengo sonha em ter num atacante e não acha. E poderia ter ganhado a partida não fosse seu próprio gol contra.

O Flamengo é melhor. É favorito. Mas assim como fez uso diversas vezes do “Aqui é Flamengo porra!” pra peitar um cenário adverso, deveria saber que o “Aqui é Vasco” também funciona.

Jogão! Mas o Flamengo só entrou nele quando já estava 1×0 e notou que era um clássico.

abs,
RicaPerrone

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