Cobertor de pobre
Dizem que “cobertor de pobre” é aquele que quando cobre a orelha, escapa o pé e vice-versa. Pois bem, nada define melhor o Flamengo desta noite.
Era o jogo mais fácil e sim, era pra ganhar. Não passou pela minha cabeça durante o dia um resultado que não fosse uma vitória fácil e talvez até folgada. Me enganei.
O Flamengo respeitou o Bolivar muito mais do que ele merecia no primeiro tempo e por isso ficou no zero a zero. Sabia, de alguma forma, que era mais seguro a cautela por um gol do que o risco do jogo franco.
Até a bola entrar. Aí, não mais em suas mãos, a decisão de ir pra cima ficou óbvia. E em questão de minutos o Flamengo fez 2×1 e entendeu que se tivesse ido pra cima, teria vencido sem dificuldades.
Minutos depois, com o Maracanã ainda em festa, outra bola didática explicou porque o Flamengo não foi pra cima.
Não é o João Paulo, esse ou aquele. Hoje, foi uma condição clara de um time que tem limitações, vontade, noção de suas fraquezas e condições de fazer uma boa Libertadores.
Mas que não tem condições de prometer nada.
Sem Elano, não havia mais criação alguma. E aquele buraco mal feito entre defesa e ataque devolveu a bola para os bolivianos muito mais rápido do que seria com o time devidamente organizado.
Numa dessas, o gol de empate.
Não é fácil o Emelec lá, nem a altitude que o Bolivar usa como centroavante. Mas não era fácil pra eles chegar no Maracanã e arrancar um ponto também.
Libertadores é Libertadores. Libertadores é foda.
Pra nós, mas também pra eles.
Que assim seja.
abs,
RicaPerrone