Com brilho
Não pelo que vem jogando o Galo, longe disso. Nem mesmo pelo placar ou pela liderança. Faltava ao Corinthians uma partida brilhante. Não daquelas onde tudo dá certo, mas daquelas que você se lembra no fim.
Nos pontos corridos, note, é raro um time sair lembrando de jogos épicos. Este ano temos vários times na briga, mas poucos conseguiram brilhar.
São Paulo e Palmeiras, por exemplo, fazem campanhas de quem disputa o título. Mas não parece.
Suas torcidas estão desconfiadas, já rolou “crise” nos dois e mesmo com a pontuação dizendo que tudo vai bem, ainda falta aquele momento de brilhantismo.
Aquele Flamengo x Santos, onde os cariocas sairam de “boa campanha” pra “campanha brilhante”. Jogos que mexem com o grupo, a torcida, o clube todo.
Os pontos corridos permitem que o campeão não tenha sal nem açucar. Já aconteceu. Mas preferimos, é claro, um campeão diferente e eterno.
Hoje, em Minas, o Corinthians fez um primeiro tempo ruim. Mudou, voltou com 2×0 contra e levou 8 minutos pra se colocar no jogo novamente.
Em mais alguns, dominava por completo a partida. E com 45 minutos impecáveis, onde voltou a jogar aquele futebol coletivo e com poucos erros do começo do campeonato, o Timão virou uma partida que poucos virariam.
Você pode até dizer: “Ah, mas era o Galo! O Galo tá mal!”. Ou, quem sabe, que “Foi o Galo que tomou uma virada ridícula, não o Corinthians que foi brilhante”.
Pode ser, é uma questão de ponto de vista.
Mas você, rubro-negro, tricolor, colorado ou cruzeirense, tem essa visão do jogo.
O corintiano não tem. Pra ele, a noite foi “brilhante”. E pra eles, jogadores, idem.
O que importa é o quanto este jogo vai mexer com o Corinthians, não com seus rivais.
Assim sendo, foi uma virada brilhante.
Daquelas que você vai se lembrar se o caneco vier.
E que, obviamente, tentará diminuí-la se não for alvi-negro.
abs,
RicaPerrone