Como não gostar?
Eu não sou a favor. Tenho medo, acho que temos aí mais a perder do que a ganhar. Mas eu sou jornalista, eu vivo de futebol e eu sou sãopaulino. Eu não tenho como negar que rever o meu capitão ali é especial. E se ele quer, se se sente pronto pra isso, quem é o maluco que vai dizer não pra ele?
Rogério tem duas características decisivas na sua carreira: Ele é louco por resultado, louco por ter razão. Quando você ganha, você tem razão. E por isso Ceni viveu anos dourados no SPFC ultimamente. Quando se perde, és o vilão. E por isso ele foi taxado de líder negativo antes da boa fase.
Rogério é corajoso. Eu no lugar dele talvez fosse também tão obcecado quanto em querer mais e mais. Mas, por outro lado, é um risco enorme e não tão necessário. Há desgaste, derrotas, talvez seja parte ainda dos anos de crise. Ceni não pode sair vaiado do Morumbi. E hoje assume esse risco e assina o documento. É real. Pode acontecer.
Gosto? Adoro! Respeito muito quem corre riscos desnecessários, até porque ser incrível não é necessário, logo, limita-se aos que correm o risco.
Rogério na beira do gramado do Morumbi é épico. Se dirigente fosse, tentaria convence-lo a não fazer isso agora. Mas se eu fosse Rogério Ceni tentaria assumir e fazer do SPFC campeão outra vez.
Sendo o que sou, torço pelo meu capitão, pelo meu time e pra que isso tudo desgaste o mínimo possível a imagem do “mito”, agora, “professor Rogério Ceni”.
abs,
RicaPerrone