Se você me pedir a fórmula de um grande clássico eu citaria boa parte do jogo desta noite como “receita”.
Do empurra empurra a polêmica não expulsão. Da burra cotovelada ao beliscão nos mamilos. Dos gols perdidos, dos gols marcados e por quem foram marcados.
Clássico que é clássico não tem mandante.
Clássico que é clássico tem empurra-empurra e pontapés. Porque se não tem é porque ninguém está perdendo o controle. E sob controle não é clássico.
Tem juiz na pauta. Porque se ele não errar nada, o que será da segunda-feira? O perdedor, que hoje nem existiu, precisa de um erro do juiz para libertar sua alma no dia seguinte.
Treinadores exaltados, gols de reservas salvadores, goleiros fazendo milagres e um final onde o coração já superava qualquer roteiro tático pré-estipulado.
Flamengo e Vasco tem que ser assim. Faltou torcida, faltou Maracanã.
Faltou bom senso, porque ingresso a 100 paus o mais barato é inaceitável. Mas sobrou emoção. E quando sobra vontade de bater no peito quando seu time está em campo, valeu a pena.
Um Flamengo e Vasco pra deixar qualquer pessoa que “não liga muito pra futebol” constrangido.
abs,
RicaPerrone