Conceitos
É contestável a forma de fazer carnaval da Beija-Flor e da Imperatriz? É, até é. Realmente cansa, não levanta quase ninguém, é técnico, chato, mas…. é o sugerido.
Quando a LIESA determina, sob o aval das escolas, que você entra com 10 na avenida e lá só pode PERDER pontos, comete o maior erro que existe para um espetáculo popular.
Qualquer coisa espetacular busca “ganhar pontos”, nunca “não perder”. Paulo Barros entra pra buscar notas no risco enquanto outras entram para “não perde-las” na covardia. E no final, a covardia vence.
Tem sentido?
Em que competição do mundo alguém é eleito melhor por “errar menos”?
A Liesa, e portanto as próprias escolas, são as maiores culpadas por parte dos desfiles ignorarem o público na Sapucaí. A Beija-Flor chega a incomodar quando desfila, tamanha competência. É possível dar 10 pra uma bateria que não correu nenhum risco na avenida e 9.8 para aquela que fez 30 paradinhas e cometeu um ou dois errinhos?
Se a regra fosse “buscar” o 10 e não “perder” será que não teria a Beija-Flor levado 9,3 e a Mangueira 10 em bateria?
Porque um carro do Paulo Barros cheio de detalhes, movimento e surpresa leva a mesma nota de um carro “comum” que “dá o recado” de outra escola? Afinal, basta cumprir o basicão ou estamos falando de um espetáculo popular?
A Mangueira fez tudo errado, mas me respeitou. Estourada no tempo, parou e fez a paradinha pra mim, que paguei pra vê-la. Outras tantas não fariam, passariam correndo pra “não perder” pontos e dane-se o público.
Ela fez. Perdeu.
As que não fizeram, estão nas campeãs.
A Mocidade levantou a Sapucai com paradinhas e saiu aplaudida pelo público. Foi penultima. A Grande Rio passou, ninguém notou, ninguém cantou, tá nas campeãs.
Baiana tira ponto, mas não dá. Critérios subjetivos permitem “manipulaçao” no resultado, mesmo que não orquestrada. É preciso esclarecer.
É pra mim, pra tv ou pra jurado?
Se for pra mim, fico feliz. Pra tv, aceito. Pra jurado, desisto.
abs,
RicaPerrone