Lá se vão 4 meses, mais de 20 jogos, nenhuma derrota. Entre vaias, dúvidas e surtos de competência, o Fogão sobreviveu sem perder pra ninguém.
Sim, é só estadual, eu sei. É também “só” as primeiras fases da Copa do Brasil, mas não sei se notaram, e notariam se fosse o contrário, mas o Botafogo eliminou um finalista do Paulistão.
O time mais fácil de escalar desde janeiro é o Botafogo. Você conhece os 11 titulares sem nem pensar, e isso passa tanto pela falta de banco quanto pela convicção do treinador, que insiste num esquema de jogo teoricamente muito bom.
É o que tem de melhor, e o maior adversário do Fogão, há anos, sabemos, não está do outro lado. É sempre o Botafogo x a maldição do Botafogo. A mística, a mania de entrar derrotado, a “certeza do sofrimento”.
Abreu é o anti-Botafogo. Briga, debocha, acredita, peita, causa e resolve quando precisa. Por isso, óbvio, é adorado no clube. Os opostos se atraem, inclusive no futebol.
Organizado, em dia, com um time competitivo, invicto, “dono” do único grande estádio do Rio e na final, é duro não ver a evolução.
Dizem que o Botafogo ganhou do Vasco hoje no Engenhão. Eu digo que “também”. Pois seu maior problema era levantar a primeira taça “em casa” e decidir como gigante que é.
Tá feito.
Mais do que uma vaga na final, mais do que a Taça Rio, valeu mesmo foi ver um Botafogo “marrento”, decidido, dono do jogo e da taça desde o primeiro minuto.
Hoje sim, literalmente.
abs,
RicaPerrone