Dedo na cara!
Eu tinha medo, como a maioria das pessoas, que o Botafogo entrasse na Libertadores com aquela carinha de bom moço que lhe acompanha desde sempre. Nesse tipo de campeonato, não funciona.
Uma torcida ausente, um time muito gentil e pouco “escroto” é tudo que um sul-americano quer pra engolir um brasileiro. Aliás, e a única chance: a catimba.
Ao contrário do que temia, vejo uma torcida assistindo jogo em pé do começo ao fim. Gritando, empurrando, pressionando.
Um time que não toma pontapés calado. Que mete o dedo na cara quando um rival pede um pênalti que não foi. Trava a bola, divide, racha e não se esconde.
É cedo. Claro que é.
Mas o que Botafogo teria que fazer até aqui, foi muito bem feito. Tirando a dificuldade do El Tanque em dominar uma bola, poucas funções no time estão sendo contestáveis.
Até mesmo o que não funciona tão bem é por consequência da ruindade do Tanque. Sua função é simples. Ou ele completa pro gol ou faz pivô. Do jeito que vem jogando, a bola morre nele.
Hoje, morreu no gol. Num rebote, daqueles que “qualquer um faria”, mas fez.
Não confunda futebol com Libertadores. O Botafogo está jogando uma boa Libertadores. Não necessariamente um grande futebol.
É o que importa.
abs,
RicaPerrone