Deixem o Botafogo em paz
Quando falido, cheio de dívidas e nas mãos de quem não responderia por nenhum roubo, pouco se falava.
Um dia o Botafogo faz o que parte da imprensa tem pavor por ideal: privatiza. Vira capitalista malvadão, deixa o controle nas mãos de um rico e não mais de uma fofa turma de apaixonados que não sabe o que fazer.
Pronto. Como assim? Que putaria é essa?
Será que o dinheiro vai dar? E se acabar? É responsável? Ai, ai ai! Qual será o passado do Textor?
Logo você, imprensa? Logo você que ignorou o passado mais abominável de todos por ideologia?
É um pavor de liberdade que me dá medo. É uma mania de cuidar do dinheiro dos outros que me dá nervoso. E pior: uma mania de discutir o que não sabe que dá raiva.
Qual jornalista aí tem empresa? Geriu alguma
coisa? Do que cêis tão falando, nego?
O dinheiro é do cara, o clube é do cara. Agora, pela primeira vez, se ele quebrar, alguém paga por isso.
Paixão estranha por estatais. Nunca vi gostar tanto de esquema, cabide de emprego e dinheiro público.
Agora tem um dono. Como a empresa que você trabalha. E se você não receber, sabe como cobrar. Não acha bom isso?
Um “novo bicheiro”, voces tão de sacanagem. Enquanto o UOL e outros procuram algo pra justificar que um homem rico não pode ter ficado rico e ser honesto, segue o Botafogo entre erros e acertos subindo a ladeira e comprando quem ele quer.
Não é só pelo conceito, também é pela razão. Ninguém quer ter que engolir um clube que foi dado como falido por muita gente que só olha resultado e planilha como protagonista do dia pra noite.
Mas é isso. Aceita, curte, ou morre atirando pra
tentar atrasar os caras.
O futebol brasileiro é tão burro que quando surge um modelo eficiente que começa a dar uma idéia de caminho pra sairmos do mar de mediocridade que navegamos ele é mais questionado do que os meios comuns de corrupção na nossa cara dentro do esporte.
Eu lá quero saber se o Textor é fofo ou um escroto? Ele não vai ser meu genro, vai gerir um clube. Se ele está legal, comprou com dinheiro dele, ele que brinque de Elifoot quanto quiser, desde que esteja ganhando.
Nunca se fez 10% do malabarismo pra questiona-lo quando clubes de massa absolutamente quebrados e devendo salário pra jogador de 10 anos atrás comprava um craque que não podia pagar.
Porque o Botafogo, com dinheiro que não é do sócio, não pode?
“Veja bem, o ponto é o passado do Textor”, disse Joel, editor do UOL que fez campanha pro Lula.
RicaPerrone