Era natural. O Flamengo embalado, cheio de bons jogadores e com um grande técnico diante de um Vasco perdido, quebrado, sem treinador, com elenco rachado e jogador afastado.
Quem venceria um jogo assim? “O Flamengo”, responderá qualquer meio entendedor de futebol. Mas na verdade, ao longo de mais de cem anos, essa resposta nunca fez sentido.
Quase toda vez que um time entra num clássico com a vitória “decretada”, ele empata ou perde.
Quase sempre que um time grande entra num clássico “pra apanhar”, ele apronta.
Hoje o Flamengo entrou, manteve a lógica do confronto e em 45 minutos deixou tudo resolvido. O Vasco, em fase lamentável, confirmou o que todos esperavam e não jogou nada.
Mas, aos 35 do segundo tempo, eis que os dois times resolvem seguir o outro roteiro, que também dá pra chamar de “lógico”.
O Flamengo brinca, o Vasco cresce.
Jogo aberto, o Vasco em cima, o Fla recuado e não conseguindo evitar as conclusões do alvi-negro.
O bom primeiro tempo do Flamengo ameaçou ser repetido no segundo, não fosse a mania de achar que o gol surgiria quando o time bem entedesse. Assim, perderam chances, amoleceram e pararam de jogar.
O Vasco diminuiu e quase empatou. Não porque seu time aprendeu a jogar bola no intervalo, mas porque o Flamengo se assustou com o crescimento que ele mesmo ajudou a causar no adversário.
Jogo bom de assistir, dois golaços do Flamengo, alguns belos lances, pouca torcida.
A lógica?
Depende do ponto de vista…
abs,
RicaPerrone