Deu Corinthians
Num cenário ideal Emerson teria feito um gol, Romarinho outro e com 2×0 sairiam do Morumbi gozando do rival em crise. Mas nem mesmo o mais perfeccionista roteirista alvi-negro poderia criar um final mais agradável.
O São Paulo queria ganhar, e tentou. Não foi suficiente para vazar a impermeável defesa do Corinthians. Mas tentou.
O Corinthians tentou empatar. O tempo todo buscou se defender, não trocar a crise de lugar. Era isso, só isso.
Um empate manteria o SPFC “quase rebaixado” e o Corinthians “não mais aquele”. Uma derrota faria do Corinthians o “quase rebaixado” e do SPFC o “campeão que voltou”.
Futebol é foda.
Tite mexeu melhor que Muricy, que havia escalado o time melhor que Tite.
E naquela euforia do “campeão voltar”, o mais fanático corintiano sonhava apenas com um golzinho. Nada além disso.
Mas até pra rir corintiano tem que sofrer. Aos 44, penalti pro São Paulo. E lá vai o “campeão voltar”, e o campeão do mundo “brigar pra não cair”. Era o fim.
Enlouquecidos os tricolores só conseguiam enxergar o mesmo que os corintianos. O gol do capitão aos 44 e uma festa sem fim, até quarta-feira, é claro.
Mas era tudo cena. Só pra lembrar que a sorte do Corinthians ainda não se esgotou, tal qual o azar tricolor.
Não há planejamento, diretoria, tática, técnica ou qualquer justificativa de um comentarista capaz de explicar o pênalti que não entrou. Era Ceni, sua história e categoria, contra um Corinthians deitado na lona esperando o último pontapé.
Cambaleando, se levanta. Enquanto o “quase vencedor” vai a lona de forma cinematográfica.
Ninguém vence. A luta não termina.
Mas sabemos quem saiu derrotado deste empate. Mesmo tendo levado 1 ponto.
abs,
RicaPerrone