Diferentes e tão iguais
Massa, Rubinho, tanto faz. Muito esperamos e pouco nos devolveram. Não por culpa deles, já que não nos prometeram nada. Foram até a Ferrari, é um caminho brilhante, indiscutível.
Os dois demitidos e rotulados como coadjuvantes. Não fossem brasileiros, lembrariamos deles como de Irvine, Patrese, Coulthard ou outros tantos figurantes na F-1.
Sim, sou ferrarista. Torci pelos dois mesmo não concordando com o status de “piloto da Ferrari” em ambos os casos. Em especial, Barrichello, piloto pelo qual tenho considerável rejeição desde que se prestou a fazer tipo pra torcida na Austria contra sua equipe.
Massa não é como Rubens. É menos talentoso, mas muito mais transparente. Jamais fez de sua condição natural de segundo piloto um crime cometido pela equipe onde ele era a vítima. Assinou, aceitou, ponto final.
Rubens era um chorão sem causa. Assinava, renovava, fazia cara de surpreso quando o óbvio acontecia porque nunca foi capaz de aceitar sua condição de coadjuvante. Que bom seria se isso fosse combustivel pra uma reação. Mas não.
Na Austria, quando fez a cena que fez, o mundo sentiu pena dele. E eu tenho muita pena de quem tenta gerar pena.
Massa sai da Ferrari porque seus resultados são comuns, a equipe disputa o título praticamente com um piloto só e porque um campeão do mundo está disposto a voltar. Não há muito o que argumentar.
Nos dois casos, coadjuvantes de um gênio. Em um dos casos, um fiel escudeiro de pouca competência que aceita ser o que é. Em outro, um infiel pseudo revoltado que reclama, chora e assina de novo.
Massa não guiou mais pela Ferrari que Barrichello. Mas não fez mal a imagem da equipe e nem se fez de moleque quando assinou contrato.
“Chegar a Ferrari” é do caralho. O que se faz nela depende do que foi proposto.
Massa foi lá ser figurante e quase foi campeão. Rubens disse que seria protagonista e passou longe de qualquer conquista.
Valeu, Felipe!
Pelo que guiou? Nem tanto. Mas pela honestidade com que lidou com a sua condição dentro da equipe.
abs,
RicaPerrone