Do lado de lá
Lá, não pode mais. É o progresso, a evolução, o fim da tradição. Ameaçaram tirar até o pandeiro, a faixa e o bandeirão.
Mas não.
Diante do Fluzão, campeão, um pobre e desacreditado Vascão.
Em crise, longe dos seus tempos de glória, mas ainda “ão”.
Se desvalorizaram a conquista e a tradição, não tem nada não. No campo, onde acordos e engravatados não mandam, o clássico pode surpreender a previsão.
O craque, o bonitão, soltou o braço. Perdeu a mão. Expulsão.
E o Juninho, sozinho, em meio a um grupo chamado de “timinho”, fez o seu.
Em protesto, apontou na direção que não lhe pertence mais. Ali, onde por tradição estariam pulando, sentados olhavam para o chão.
O tempo passou, a bola continuou rolando e o placar teimando.
Contra os fatos, os elencos, as perspectivas e o “novo mandante” do Maracanã.
Até que Juninho, o reizinho, acertou mais uma e deixou André, sozinho, pra fazer mais um.
Pobre Fluminense.
Apostou no destino, e ele o traiu. O Vasco, gigante que é, terminou dando olé.
Sem o lado conquistado, foi a luta para vibrar, pela primeira vez, do lado oposto.
Não há lado oposto. Metade é por tradição, a outra por determinação.
Mas hoje. Hoje não.
O Maraca é inteiro do Vascão.
abs,
RicaPerrone