E virou
Modéstia as favas, há 20 anos brigo com a imprensa esportiva nacional por entretenimento e não jornalismo. Fiz minha micro-revolução online abrindo porta pra centenas de jornalistas que hoje entendem como fazer sem emissora, como negociar direto com o patrocinador e tendo baseado valores e expectativas em cima daquilo que eu construí.
Hoje a Globo faz entretenimento, mérito do Leifert que peitou lá dentro.
Hoje os maiores captadores de receita no futebol são humoristas/comentaristas ou apresentadores de canal que não opiam, não investigam, só instigam e promovem.
Ou seja, entretenimento.
Alê Oliveira, há 10 anos, seria inviável. Tal qual o Desimpedidos, que embora seja um programa voltado pra adolescentes, também seria totalmente cortado de uma TV qualquer quando idealizado.
Centenas de influenciadores digitais bem humorados, torcedores, e também jornalistas covardes que se tornaram influenciadores de uma torcida dizendo o que ela quer ouvir transformando seu jornalismo tão defendido em piada.
Emissoras caretas tentando ser engraçadinhas e acreditando que a fórmula é idiotizar, quando na real é “suavizar”.
Futebol é Disney.
Ninguém na porta da Disney avisa o visitante que há um chinês dentro do Mickey.
A imprensa esportiva do Brasil optou por décadas a tentar tirar a mascara do Mickey. Hoje ela entendeu que promover a história dele faz mais gente ir ao Parque e, por consequência lógica, ela vender mais do produto que a sustenta em pé.
Aleluia!
Podemos sorrir vendo futebol.
RicaPerrone