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“Então devolve, filho”

Um dia o seu filho chega da escola e diz que um colega dele atirou uma pedra nele. Você vai a escola, reclama, a diretora diz que viu, que é um absurdo e nada faz com o agressor.

Na outra semana seu filho chega machucado e diz que tomou um soco.  Você volta na Escola, puto, e pede providencias. Seu filho está tomando suspensão por mascar chicletes e apanhando de gente que não toma nem advertência.  Onde já se viu?

Aí chega a terceira semana, ele apareceu com a camisa rasgada porque puxaram ele.

Então toda sua civilidade é absorvida por algo maior, o instinto.  E você enfim manda ele revidar. Quando o revide acontece, sua família se solidariza com a vítima e recrimina o garoto que, por sua vez, já não sabe mais o que é certo e errado.

Os times brasileiros são os “paga lanche” da Libertadores. Os gordinhos que apanham no recreio da escola.  Todo mundo pode tudo, menos a gente. É pedrada, pilha, ventilador voando no bandeirinha, vestiário pintado, fogos no hotel, pedrada no onibus, torcida pisoteada e aqui… tapete vermelho.

Concordo com o tapete vermelho. Mas tem que ter lá também.  Passa ano e nada muda. A Conmebol se faz de mongoloide, porque de fato passa bem perto disso, e a CBF continua educando seus filhos para ser nerd e apanhar na escola.

Ok, o certo é esse. Mas se só é certo pra mim e eu vou levar porrada o ano todo, não é o caso de rever a orientação pro seu filho?

É cansativo. Você joga um papel no chão, suspenso. Leva a filha, multado.  Os caras jogam a mãe em cima do seu lateral esquerdo e “nada”?

Como é, Conmebol?  É regra ou política? Prefiro a paz no recreio, mas se for ter briga, prefiro que meu filho dê a porrada.

abs,
RicaPerrone

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